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Enviada em: 11/09/2019

Desde sua criação, a nação brasileira nunca teve um olhar especial ou pelo menos específico e isso reverbera até os dias atuais, principalmente sobre os mais vulneráveis, adolescentes do sexo feminino. Tal fato ocorre por diversos fatores que giram em torno dos mais variados agentes sociais, desde a família e instituições religiosas com o silenciamento do tema até as escolas e os meios informativos que muitas vezes se fazem insuficientes ou são mal ditos por tocaram em temas sexuais. Todos esses fatores contribuem para o insistente e indesejado ato de se engravidar na adolescência.        Seja por meio de uma conversa evitada ou a demonização de um assunto, as pessoas mais próximas das vítimas sempre contribuem para que as jovens se mantenham desinformadas sobre o sexo e as diferentes mudanças de seu corpo no período dos dez aos dezoito anos. Muitas vezes a família faz isso por achar que a instrução sobre o assunto influencia a prática e não percebem que isso pode acarretar em problemas maiores. Já outros centros sociais de costume da população em geral, como templos religiosos e pontos de encontros sociais, recebem informações sobre o sexo juvenil de maneira extremamente negativa, muitas vezes demonizando as informações e afetando o trabalho daqueles que tentam passar a informação adiante. Isso se dá por um conservadorismo nos setores sociais que se formou no Brasil desde sua fundação como nação.       As tentativas de inovação na educação sexual lacunar dos jovens sempre são mau recebidas ou ineficazes por falta de investimento. No cenário político e social que o Brasil passa atualmente é possível perceber que não há um interesse imediato na educação sexual dos jovens e tal fato e exemplificado pela atual bancada presidencial, que, por se dizer conservadora, se coloca contra toda e qualquer busca pela explicação a respeito dos potenciais comportamentos e vontades que um jovem pode desenvolver temendo, assim como os pequenos grupos sociais, que um professor, orientador ou até mesmo psicologo, ao tocar no tema, esteja influenciando a pratica ou enchendo os jovens com informações excessivas sobre o assunto. Isso reforça o argumento de que o conservadorismo afeta a vida de milhares de jovens no Brasil já que criam tabus que impedem o dialogo e agravam os problemas presentes.       Dessa forma é possível perceber que o problema envolvendo a gravidez precoce tem uma causa bem clara que precisa ser combatida. Com isso, cabe aos setores governamentais ligados a informação e ao conhecimento dos jovens, como o Ministério da Comunicação e o Ministério da Educação, buscar medidas informativas aos indivíduos por meio de palestras, propagandas informativas com impacto forte na sociedade e até mesmo a distribuição de panfletos afim de fomentar o diálogo nos diferentes meios sociais e assim aumentar o conhecimento dos jovens a respeito da gravidez e seus riscos.