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Enviada em: 09/09/2019

Na década de 1960, com o surgimento da pílula anticoncepcional, a mulher pôde, pela primeira vez, prevenir uma gravidez indesejada. Entretanto, na contemporaneidade, a desinformação ainda se apresenta como um obstáculo à prevenção de gestações precoces, tendo em vista o desconhecimento de práticas anticoncepcionais. Nesse sentido, observa-se a importância de ações governamentais para a redução desse fenômeno no Brasil, principalmente no que se refere à conscientização dos jovens.     A princípio, mesmo que a filosofia existencialista de Sartre afirme que o homem está, paradoxalmente, condenado a ser livre, ao examinar a ausência de ações governamentais no combate à gravidez precoce, percebe-se um distanciamento do jovem dos ambientes escolares. Isso ocorre devido às obrigações da maternidade, bem como a procura de atividades rentáveis. Nesse contexto, a presença de políticas públicas, como o ensino de sexualidade em escolas e anúncios virtuais de prevenção à gravidez, são essenciais para a manutenção das novas gerações  no ambiente de ensino, não apenas por instruir esses cidadãos diante da prática sexual, mas também por garantir meios de planejamento familiar. Desse modo, cabe uma visão crítica sobre a formação sexual na coletividade.       Em segundo plano, há de se mencionar o potencial das redes sociais na diminuição dessa temática. A esse respeito, cabe pontuar que 60% dos brasileiros acessam à internet, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dentro desse contexto, embora o Neomalthusianismo defenda, equivocadamente, o controle de natalidade como meio de erradicar a pobreza, a disseminação de anúncios virtuais de controle populacional, como propagandas curtas sobre  métodos contraceptivos e a criação de páginas educativas em redes sociais  sobre planejamento familiar, apresenta-se como importante mecanismo de instrução sexual e combate à maternidade juvenil. Logo, é perceptível os avanços tecnológicos em consonância com causas sociais na atualidade.       Em suma, é essencial a busca de medidas governamentais capazes de mitigar a gravidez na adolescência. Para tanto compete ao Ministério da Educação inserir na grade curricular estudantil conteúdos específicos e direcionados à puberdade e métodos contraceptivos. Isso deverá ser feito mediante aulas interdisciplinares nas áreas de biologia e sociologia, as quais explorem tanto aspectos do corpo humano, como fatores sociais. Além disso, esses conteúdos deverão ser ministrados em horários flexíveis e com presença de familiares para o desenvolvimento crítico de toda a sociedade. Tudo isso com intuito de amenizar os índices de gestação precoce, bem como poder propiciar um ambiente favorável ao pleno desenvolvimento dos jovens. Com isso, construirá-se um cenário tão inovador quanto o surgimento dos anticoncepcionais na década de 1960.