Materiais:
Enviada em: 17/09/2019

Promulgada pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 1948, a Declaração dos Direitos Humanos garante a todos os indivíduos o direito à saúde, à educação e ao bem estar social. Conquanto, os altos índices de adolescentes grávidas no Brasil impossibilitam que uma parcela da população desfrute desse direito na prática. Nessa perspectiva, esse desafio deve ser superado para que uma sociedade integrada seja alcançada.     A priori, é incontestável que a inoperância estatal esteja entre as causas do problema. Nesse prisma, os dados publicados pelo Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) evidenciam que os números da gravidez na adolescência no país ainda são superiores a média nacional, inferindo, portanto, a questão como um problema de saúde pública, uma vez que 20% de todos os nascimentos registrados no país são filhos de mães menores de 20 anos.    "No meio do caminho tinha uma pedra, tinha um pedra no meio do caminho". Através desse trecho do poeta modernista Carlos Drummond de Andrade, vê-se que a persistência da alta porcentagem de adolescentes gestantes também se configura como um obstáculo na vida de muitos brasileiros. Diante de tal contexto, faz-se importante destacar que, a questão também tangencia a esfera da educação, pois, segundo os dados fornecidos pelo Senado brasileiro, quanto maior o índice de escolaridade, menor é o indicador de gravidez na adolescência, colocando, portanto, jovens de baixa renda e muitas vezes da periferia, no centro do problema.    Diante desse ínterim, medidas são necessárias para resolver o impasse. É importante que o Ministério da Saúde aliado ao Ministério da Educação, através de ações coletivas junto as escolas de ensino fundamental e médio, criem atividades que promovam a educação sexual e informem a respeito das consequências de uma paternidade precoce, com o intuito de alcançar a maioria dos adolescentes brasileiros independente da classe social. Conseguindo, portanto, alcançar uma sociedade integrada.