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Enviada em: 23/09/2019

Em países desenvolvidos, como França e Alemanha, a incidência de gestação entre jovens é baixa em razão da conscientização e prevenção populacional, segundo dados divulgados pelo Fundo de População das Nações Unidas -UNFPA-. No Brasil, entretanto, a gravidez na adolescência, infelizmente, ainda é uma problemática de enorme relevância social, decorrente da persistente desinformação individual e da falta de apoio estatal. Sob esse aspecto, é imprescindível a discussão acerca das possíveis ações governamentais para atenuar tal impasse.   Mormente, a escassa educação sexual nas instituições de ensino brasileiras, lamentavelmente, influencia no aumento de casos de gestantes em fase escolar. Esse assunto é retratado no livro "Gravidez na Adolescência, esclarecimento para jovens, pais e educadores", do escritor Celso Martins, de forma brilhante, pois o autor transmite conhecimentos sobre sexualidade, maneiras preventivas, e, além disso, cuidados necessários após confirmada a gravidez. Portanto, é inaceitável que um Estado onde tenha obras literárias tão informativas, não as utilize para o bem-estar nacional.   Em segunda análise, o Governo Federal, muitas vezes, negligencia medidas para auxiliar os jovens com idade inferior a 18 anos a realizarem sexo com segurança. De acordo com pesquisa realizada pelo UNFPA, o país apresenta a sétima maior taxa de gravidez na adolescência da América do Sul, fato esse impulsionado pelo descaso público em relação às verbas destinadas à saúde desse grupo. Nesse contexto, é inadmissível que uma nação, dita democrática, não garanta, a todos os indivíduos, o acesso aos bens básicos, como preservativos e anticoncepcionais.   Diante dos argumentos supracitados, o Ministério da Educação precisa disseminar, eficientemente, informações relacionadas à gravidez na adolescência, por meio de propagandas socioeducativas, realizadas em diversas esferas comunicativas, além de disponibilizar o livro de Celso Martins nas escolas públicas, visando ao abrangimento da maior parcela populacional possível, e assim, amenizará esse problema contemporâneo que assola os jovens. Ademais, o Ministério da Economia precisa efetuar ações administrativas e financeiras que melhorem as condições humanitárias, promovam o acesso igualitário aos métodos contraceptivos e, consequentemente, reduzirá os índices de adolescentes gestantes no Brasil.