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Enviada em: 08/10/2019

A série “Euphoria”, produzida pela HBO, retrata problemas comuns à adolescência, como a gravidez indesejada. Na trama, é evidente o sofrimento da jovem que passa por essa situação, a qual poderia gerar sérias consequências. Fora da ficção, a gravidez na adolescência se mostra recorrente, sendo potencializada devido ao descaso governamental com a educação e com a manutenção do tabu acerca da sexualidade. Por conseguinte, são necessárias medidas do governo que minimizem essa problemática.        A princípio, é fundamental analisar como as falhas educacionais contribuem para a gravidez das jovens. Nesse prisma, segundo o filósofo e pedagogo brasileiro Paulo Freire, a educação deve preparar o indivíduo para o convívio social. No entanto, a educação brasileira carece de instrumentos que preparem os jovens para o início da vida sexual, falhando em comunicar sobre as medidas contraceptivas e sus benefícios. Consequentemente, devido ao descaso com a educação, a população jovem fica vulnerável sexualmente, podendo ocorrer uma gravidez indesejada e a disseminação de doenças.        Ademais, ainda é imprescindível ressaltar a manutenção do tabu acerca da sexualidade dos adolescentes. Tangente a isso, na série supracitada a personagem por falta de diálogo com seus familiares acaba engravidando e escondendo a gestação. Nesse viés, é importante que o governo modifique essa visão arcaica e destrua esse tabu, por meio de ações recorrentes na sociedade, conforme a teoria do Habitus, proposta pelo sociólogo Pierre Bourdieu. Assim, facilitando o diálogo entre os jovens e seus responsáveis, e precavendo a gravidez e a saúde dos adolescentes.        Infere-se, portanto, que a gestação na adolescência se configura como uma problemática brasileira, sendo necessário medidas de intervenção. Com isso, urge que o Ministério da Educação e Cultura (MEC), por meio de palestras nas escolas ministradas por profissionais da saúde, preparem os jovens para a vida sexual, os ensinado os métodos de proteção e sua importância. Concomitantemente, cabe ao Governo Federal investir em propagandas televisivas que estimulem o diálogo entre pais e filhos, para assim quebrar com o tabu existente sobre a sexualidade. Só assim garantindo que o cenário presente na série televisiva fique apenas na ficção.