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Enviada em: 10/10/2019

Segundo o sociólogo Pierre Boudieu, em sua teoria ‘’Habitus’’, toda sociedade incorpora padrões sociais e os reproduzem ao longo das gerações. Consoante a isso, devido a ação do cristianismo na colonização brasileira foi imposto e perpetuado a exaltação à pureza sexual. Entretanto, nota-se que a educação sexual se tornou um tabu para as famílias, e as consequenciais são evidenciadas pela gravidez precoce de muitas adolescentes, visto que, não foram instruídas adequadamente. Somado a isso, vários adolescentes foram levados a interromper essa fase da vida e se tornarem pais precocemente.  Em primeiro plano, a falta de instrução dos pais e da escola contribui para o aumento dos casos de gravidez na adolescência. De acordo com o filosofo Immanuel Kant, o ser humano é fruto da educação. Análogo a isso, constata-se jovens carentes de diálogo e de uma educação sexual. Isso devido à crença equivocada por parte da escola, junto às famílias, que instruir os adolescentes sobre prevenção sexual pode encoraja-los a se tornarem sexualmente ativos. Porém, essa pratica só contribui para a pouca consciência dos impactos e responsabilidades que uma gravidez precoce trás, tornando-os descuidados.   Outrossim, a gravidez precoce dificulta a vida normal de um adolescente, gerando problemas sociais, profissionais e mentais. Sabe-se que o adolescente da geração z, tem grande dificuldade a crítica e a obediência, sobretudo, uma gravidez pode gerar nos mesmos problemas depressivos, distúrbios e dificuldade em aceitar a nova rotina e seus limites. Se por um lado produzem problemas psicológicos, por outro, encontram dificuldade em se inserir posteriormente ao mercado de trabalho por interromperem adiantado seus estudos.   Fica evidente, portanto, que para combater a gravidez precoce, medidas fazem-se necessárias. Cabe, ao MEC juntamente com o ECA, promover um conteúdo para orientar sexualmente, não apenas falando sobre os métodos contraceptivos, mas mostrando claramente a dificuldade enfrentada por pais adolescentes, disponibilizando-os em escolas públicas e privadas, incentivando, assim, o cuidado dos mesmos ao se relacionar sexualmente. Ademais, cabe a família, participar de forma ativa na construção dessa educação, contribuindo com os setores supracitados, repassando aos adolescentes o conhecimento necessário para reproduzir essa educação as próximas gerações como garante  Boudieu.