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Enviada em: 10/10/2019

No filme ''Juno'', é retratada as mudanças na vida de uma adolescente ao engravidar, como a dúvida entre aceitar ou não a criança e a escolha de pais adequados para adotá-la. Fora da ficção, pode-se observar, no século XXI, a importância da discussão e reflexão sobre esse assunto. Contudo, no atual contexto brasileiro, a gravidez na adolescência apresenta pouca repercussão, o que dificulta a sua redução. Destarte, é necessário analisar as razões que fazem dessa problemática uma realidade no pais.      Nesse contexto, cabe abordar como a ausência de diálogo sobre relações sexuais com os jovens aumenta os riscos de gravidez.. De acordo com Aristóteles, a política deve ser usada como um meio de promoção do avanço social de forma justa e igualitária. No entanto, as escolas não promovem palestras e discussões de educação sexual, o que implica, no jovem, a carência de conhecimento e preparo sobre o assunto. Isso agrava, na maioria dos casos, a vergonha que o adolescente sente em relação aos atos sexuais, o que o impede de conversar com a família sobre formas de prevenção antes de iniciar a vida sexual, ou pedir para que o parceiro use camisinha. Logo, verifica-se como a inexistência de informações prejudica o jovem e amplia os perigos de uma gravidez precoce.       Ademais, outro fator a salientar é o perfil das meninas que apresentam altas chances de engravidar. Segundo o Ministério da Saúde, a gravidez na adolescência atinge, em sua maioria, a mulher de baixa renda e periférica. Nesse sentido, nota-se que o contexto social e cultural dos adolescentes origina diferentes significados para a gestação. Por exemplo, a gravidez pode ser usada como estratégia para mudar o status social de uma pessoa, além de que, de acordo com o site Childhood, a periferia é a região com maior índice de gravidez indesejada devido às fortes chances de ocorrer violência sexual. Nessa perspectiva, percebe-se como as adolescentes necessitam de políticas públicas que ofereçam condições seguras e responsáveis na decisão maternal.        Portanto, diante dos aspectos observados, medidas são necessárias para resolver esse problema. Assim, cabe ao Ministério da Educação, em parceria com a mídia, promover a discussão acerca da gravidez precoce, por meio de propagandas e palestras sobre a importância da educação sexual dos jovens, com a finalidade de formar o senso crítico da população a respeito desse assunto. Outrossim, compete ao Poder Legislativo, por meio da criação de leis, garantir condições estáveis às adolescentes grávidas com o perfil socioeconômico significativo, a fim de oferecer amparo à essa parcela da população. A partir disso, espera-se promover uma melhora na questão da gravidez na adolescência no Brasil.