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Enviada em: 21/05/2018

A presença de rios era fator relevante para a instalação de uma sociedade durante o surgimento das grandes civilizações. Com o decorrer do tempo, mesmo desenvolvendo tecnologias avançadas, o homem ainda depende de forma acentuada desse recurso, que no cenário atual se torna escasso gradativamente. Portanto, para entender o contexto problemático dos recursos hídricos no Brasil, é preciso analisar sua gestão e uso.    Durante um certo período, acreditava-se que a água era ilimitada, não necessitando eficiência em sua gestão e uso consciente. Porém, com o aumento da demanda e falta de chuvas, os reservatórios fizeram-se deficientes. Em 2014, por exemplo, o estado de São Paulo enfrentou uma das maiores crises hídricas de sua história, com a redução drástica do Sistema Cantareira. Com isso, grande parte da população sofreu com o racionamento e aumento nas contas de água e energia elétrica.   Ademais, embora o uso doméstico seja o mais afetado, este não é setor que mais consome os recursos hídricos, sendo esta posição ocupada pelos setores agrícola e industrial. Esses por sua vez, poluem intensamente os mananciais, cabendo à agricultura a poluição por agrotóxicos, que infiltram no solo e atingem as águas subterrâneas, e a indústria o despejo de resíduos tóxicos não tratados nos rios. Em consequência, a disponibilidade de recursos hídricos para o consumo é afetada devido a diminuição de seu volume.   A água é essencial à manutenção da vida. Nesse contexto, cabe ao Estado, através do Ministério da Educação, reservar um dia do ano letivo dos ensinos fundamental e médio, no qual haverá a participação dos alunos em palestras e debates com profissionais da área, para que os jovens tenham conhecimento sobre o tema e utilizem os recursos hídricos de forma consciente. Assim, por meio da mudança de postura dessa nova geração, o Brasil poderá evitar novas crises hídricas.