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Enviada em: 18/05/2018

A água é o recurso natural mais importante para a sobrevivência humana. Durante a Idade Antiga, sociedades hidráulicas, como a egípcia e a mesopotâmica, faziam da água sua principal fonte de subsistência. Contudo, ao longo da História, o homem tratou esse recurso de modo indiscriminado. No Brasil, essa postura reflete em uma alarmante crise hídrica, a partir da qual a sociedade precisa modificar o gerenciamento desse bem primordial à vida.     Segundo Jean Paul Sartre, filósofo contemporâneo, o homem, dotado de liberdade, é o principal responsável por suas ações, tendo, portanto, de arcar com suas consequências. Seguindo esse raciocínio, é imprescindível destacar a atuação humana como uma das causas da crise hídrica. Nesse sentido, o desmatamento desenfreado da densa cobertura vegetal brasileira reduz a evapotranspiração de plantas e, por conseguinte, a oferta de água. Ademais, o desperdício hídrico também se verifica, a exemplo do uso constante de mangueiras para lavar carros e calçadas. Em virtude disso, com o consumo de água maior que a oferta, a crise hídrica torna-se iminente.     Na esteira desse pensamento, tal quadro crítico reflete em diversos setores coletivos. Em primeiro plano, a oferta de alimentos é reduzida, em decorrência da queda nas atividades agrícolas, que necessitam de notório aporte hídrico. Outrossim, o fornecimento de energia elétrica também diminui, isso porque a maior parcela da matriz energética nacional é composta por hidrelétricas. Por fim, a disponibilidade de água potável à população faz-se escassa, ao passo que o nível de água dos reservatórios locais é rebaixado, exigindo o racionamento hídrico por parte de toda a sociedade.     Desse modo, fica claro que a população deve, a partir da atual crise hídrica, modificar sua postura diante do gerenciamento de água. Para isso, é preciso que os governos estaduais promovam políticas integradas de gestão mútua das bacias hidrográficas, por meio de leis de proteção e uso sustentável das águas subterrâneas, pois isso evitará futuras crises de abastecimento. Além disso, cabe à sociedade, em união a ONG’s, elaborar campanhas contra o desperdício de água, mediante publicações em redes sociais e debates públicos acerca da problemática, para que toda a população seja consciente quanto à finitude desse recurso essencial à vida. Seguindo essas medidas, a nação brasileira seguirá o vetor do progresso social.