Materiais:
Enviada em: 21/05/2018

''Ganância demais, fome demais, falta demais, promessa demais, seca demais, chuva não tem mais." Na música "súplica cearense" assim como no quadro "os retirantes" e no livro "os sertões" é retratada a realidade das secas nordestinas, as quais possuem como principais causas os fatores climáticos e políticos. Porém, na atual situação brasileira, no que se refere a água, estados do sudeste, como São Paulo, enfrentam também a crise hídrica, sendo necessário desse modo, discutir e intervir acerca da problemática.        Com o advento da 3ª Revolução Industrial e o avanço do capitalismo, o consumo excessivo aumentou ainda mais a demanda de água virtual - água utilizada de forma direta ou indireta na produção de algum bem ou serviço - de modo significativo. Porém, a culpabilização do racionamento sofrido em São Paulo não se deve apenas aos maus hábitos da população e fatores climáticos, mas também às politicas governamentais, que não colaboram no que se refere a projetos eficazes.        Ademais, para evitar ou reduzir os efeitos da seca, a lei das águas confere ao abastecimento humano prioridade máxima em comparação,  por exemplo, com os usos agrícolas e industriais. Além disso, desde 2011, a câmara em parceria com a Agência Nacional das Águas (ANA), desenvolve a campanha "água é vida". Porém, mesmo com tais medidas a crise de abastecimento hídrico persiste no Brasil, tendo como causa os desmatamentos, falta de planejamento hídrico, crescimento das cidades, e com isso, gerando reflexos como impermeabilização dos solos, poluição dos rios, recordes de temperaturas elevadas e reajustes nas contas de água e luz.        Sob esse viés, medidas são necessárias para amenizar a crise hídrica brasileira. Urge, portanto, que a ANA em parceria com o Ministério do Meio Ambiente elabore projetos como a troca de tubulações antigas da rede de água e esgoto das cidades, para que vazamentos sejam cessados, evitando assim desperdícios de água. Além disso, é preciso que o Governo incentive a população a consumir água de modo consciente, por meio da redução de impostos para quem consiga diminuir o uso de água. Assim, os recursos hídricos não se tornarão escassos no país.