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Enviada em: 20/05/2018

“A massa mantém a marca, a marca mantém a mídia e a mídia controla a massa.” Esse ciclo descrito pelo escritor George Orwell reproduz as necessidades de consumo da sociedade moderna que hodiernamente é o motivo impulsor da atual crise hídrica brasileira. Uma vez que, a crescente demanda por carne promove não apenas o desperdício de água, mas também a desertificação dos mananciais em decorrência do desmatamento florestal.     Primeiramente, convém ressaltar o termo água virtual, usado para nomear os fluidos presentes nos processos de industrialização, que na agropecuária representa um desperdício exorbitante. Conforme evidências demonstradas no documentário “Cowspirancy”, a criação de animais é responsável por 55% da demanda de água mundial. Tal fato, somado ao estimulo excessivo à obtenção de produtos desse ramo alimentício, através dos meios de comunicação, evidência quão distante a população brasileira está de encontrar soluções para o desequilíbrio hidrográfico estabelecido no país.      Por conseguinte, a evapotranspiração das plantas, fato primordial no ciclo hidrológico, encontra-se prejudicado devido a crescente desflorestação realizada pelas industrias produtoras de milho e soja, principal matéria prima da ração animal. De acordo com dados do IBGE a agricultura é o maior responsável pelo desmatamento florestal no país. Essa realidade prova que as dificuldades climáticas como períodos de estiagem e seca de rios tendem a permanecer e se intensificar ao longo dos anos.    É imprescindível, portanto, conscientizar os indivíduos sobre suas responsabilidades na manutenção desse solvente universal essencial à existência humana. Para isso, cabe à mídia incentivar os brasileiros à adoção de mudanças nos hábitos alimentares para economizar água. Através de campanhas educativas em todos os meios de comunicação. Sendo assim, garantiremos a continuidade desse líquido tão preciso.