Enviada em: 19/05/2018

"Espero a chuva cair de novo pra mim voltar pro meu sertão", já dizia Luiz Gonzaga em sua eternizada canção Asa Branca. O contexto de falta d'água é a triste realidade de muitos brasileiros. Porém, a escassez hídrica vem abrangendo, a cada ano, novas partes do território. Por um lado, a seca eleva a miséria e condições subumanas de sobrevivência. Por outro lado, afeta também a economia e a produção de alimentos. Diante dessa crise hídrica é necessário medidas reversivas e mitigadoras de seus impactos.       Primeiramente, é preciso entender fatores que intensificam a ausência de água, dentre os quais o desmatamento se destaca. Há anos a seca persegue sertanejos, mas, ao investigar o histórico da região identifica-se vestígios de água abundante e ecossistema rico em biodiversidade. Cenário oposto ao atual, onde depara-se com a terra ardente e ausente de plantação. Conforme dados publicados pela revista Nature, a falta de água está diretamente relacionada a supressão da vegetação que é essencial para o ciclo biogeoquímico da água e a formação da chuva.      Outrossim, é importante salientar sobre a expansão do agronegócio, o qual aumentou drasticamente sua área produtiva. Segundo a teoria Econeomalthusiana é necessário produzir de forma sustentável, preservando os recursos naturais. Entretanto, alguns cientistas criticam essa teoria e afirmam que num mundo capitalista tal pensamento é utópico. Nesse aspecto, têm-se impactos socioeconômicos positivos, como a geração de renda, emprego e produção de alimentos. Em contrapartida, a degradação ambiental que afeta, sobretudo, o ciclo da água.       Pode-se perceber, portanto, a importância social e econômica acerca da indispensabilidade da água, a qual garante um dos recursos essenciais a vida. Diante disso, é imprescindível a atuação do  Estado, através do Ministério do Meio Ambiente tornar efetivo o que rege a Legislação Ambiental por meio de fiscalizações e medidas compensatórias de impactos. Ademais, a intensificação de políticas de incentivo a recuperação de áreas degradadas contribuirá para reduzir áreas de desmatamento. Assim, como representado pela música de Luiz Gonzaga, a chuva cairá de novo.