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Enviada em: 21/05/2018

Não são poucos os fatores envolvidos na discussão acerca da crise hídrica predominante. A água é um dos recursos mais importantes para a humanidade, posto que não é possível viver sem ela. No entanto, devido ao excessivo consumo dos diversos setores sociais, o nível de água dos reservatórios tem diminuído consideravelmente. Dessa forma, a fim de compreender o problema e alcançar melhorias é crucial analisar as causas e consequências causadas pela utilização em massa dos recursos hídricos.   Em primeiro lugar, vale ressaltar que o modelo capitalista de produção vigente é um dos principais ocasionadores da crise atual. Isso ocorre, em razão da necessidade de garantir o ciclo de acumulação e reprodução do capital. Para ilustrar, são úteis os dados disponibilizados pela Organização Mundial da Saúde, nos quais estima-se que o setor industrial consome em uma média mundial cerca de 20% da água, enquanto o setor agrícola utiliza 70% da água disponível para consumo. Desse modo, os maiores usuários de água potável causam seu desperdício direto em prol de benefícios econômicos. Assim, inicialmente, seria necessária a manutenção do ideal de cidadania concomitantemente à uma solução técnica, visto que a mudança individual é o primeiro passo para transformar o corpo social.    Ainda nessa questão, é fundamental pontuar que são inúmeros os danos resultantes do desperdício de água. A sua ausência, por exemplo, pode comprometer o fornecimento de energia elétrica. No Brasil, cerca de 62% da energia é gerada em usinas hidrelétricas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Logo, a ausência de outras opções para o fornecimento energético, como a eólica e solar afetam diretamente a nação, visto que a falta de recursos hídricos pode gerar graves impactos socioeconômicos. Ademais, soma-se a isso o desperdício da água tratada que antes de chegar à população é perdida no trajeto, especialmente por falhas nas tubulações, fraudes e ligações clandestinas. Nessa circunstância, resolver os problemas existentes é o primeiro passo para a frase de Mahatma Gandhi fazer sentido: "O futuro dependerá daquilo que fazemos no presente".    Nesse sentido, ficam evidentes, portanto, os elementos que colaboram para o atual quadro negativo. Ao Ministério da Educação cabe introduzir nas escolas, desde o ensino básico, disciplinas que estimulem a responsabilidade sustentável, além de promover palestras que ensinem a utilizar e reutilizar a água de maneira racional, com o objetivo de reduzir o seu desperdício e auxiliar na formação de jovens conscientes e responsáveis. É imprescindível, também, que o Governo Federal invista em novas fontes de energia renováveis, como a eólica e a solar, e promova o efetivo recebimento da água evitando desperdícios, através de fiscalizações recorrentes e reformas nas tubulações. Assim, será possível alcançar avanços pertinentes e melhorar o atual cenário contemporâneo.