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Enviada em: 12/06/2018

Guerra hídrica      "Por água, por um córrego, um chuvisco, nações entrarão em guerra". Seguindo a temática dos versos do cantor Lenine, é possível relacioná-la ao atual cenário de crise hídrica no Brasil, onde muitas regiões sofrem com a escassez de água. Nesse sentido, é fundamental analisar as motivações dessa problemática, bem como propor saídas para impedir que a nação brasileira seja conduzida à situações mais extremas.       Vale destacar, de início, que o Brasil é possuidor de 12% de toda a água doce superficial do planeta, segundo a página oficial do governo federal. Entretanto, além dos reservatórios hídricos serem mal distribuídos entre as regiões, grande parte da população concentra-se em áreas distantes desses reservatórios. Nesse sentido, caberia ao Estado garantir o acesso à água de maneira uniforme a todos os brasileiros, contudo, a realidade expõe uma má gestão pública no que tange à captação e à distribuição de água pelo território.          Ademais, impende salientar, também, que a falha no processo educacional dos brasileiros agrava essa problemática. Isso pode ser justificado por meio da crise do Sistema Cantareira, no ano de 2014, que decorreu, sobretudo, da má utilização da água pela população que é abastecida por esse reservatório. Essa gestão inadequada, por sua vez, é reflexo da carência de informações e de instruções apropriadas à conservação dos recursos hídricos.           Portanto, é necessário medidas que alterem essa conjuntura. Para isso, é preciso que o Estado atue por meio do fornecimento de verbas públicas, sobretudo ao Ministério do Meio Ambiente, para aprimorar o planejamento e a efetivação de obras que assegurem o abastecimento de água em todo o território brasileiro, além de utilizar o poder midiático para orientar a opinião coletiva a respeito da conservação da água. Ademais, é essencial que o Ministério da Educação incentive as escolas públicas e privadas a desenvolverem projetos pedagógicos que estimulem os alunos a conservarem os recursos hídricos, tais como palestras com figuras de autoridade, debates e campanhas públicas, além de ressaltarem a importância de profissões como engenharia ambiental e engenharia hídrica. Dessa forma, a nação brasileira não será conduzida à situação extrema de uma possível "guerra hídrica".