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Enviada em: 14/06/2018

A carta de Pero Vaz de Caminha, ao retratar a chegada dos portugueses ao Brasil, descreve as belezas da diversidade ambiental do país. Entretanto, os novos habitantes estavam mais interessados na exploração do território, que na preservação dos recursos naturais. Assim, a natureza vem sendo deixada em segundo plano por muito tempo. Em vista disso, fatores geográficos e políticos contribuíram para o governo observar melhor e dar mais importância a crise hídrica nos últimos anos.            A priori, verifica-se que um dos motivos da crise hídrica é a questão geográfica. Isso ocorre em razão da má distribuição da água ao longo do território brasileiro, apesar do país possuir a maior reserva mundial de água. Segundo o Serviço Geográfico do Brasil, somente 1% de toda vazão do Rio Amazonas seria o bastante para atender em mil vezes o que precisa a cidade de São Paulo. Contudo, exatamente no lugar que dispõe das menores reservas de água, vive a maioria da população e acontece grande parte das atividades industrias e agrícolas. Dessarte, pequenas modificações na rotina, como usar a água da máquina de lavar para enxaguar a calçada, colaborariam na sua economia.     Conforme Einstein, temos o destino que merecemos e ele está de acordo com os nosso méritos. Seguindo esse pensamento, nota-se que a outra causa se refere aos problemas político-administrativas. Isso porque as empresas que possuem a concessão dos serviços de saneamento básico não investem o previsto em infraestrutura, já que o problema da seca poderia ser evitado com a realização dessas obras. Em virtude disso, esses sistemas sofrem baixas históricas e, consequentemente, os governos adotam o racionamento ou o rodízio de água para enfrentar sua falta. Bom exemplo disso é a forte seca que a região Sudeste enfrentou no ano de 2014. Dessa maneira, os sistemas de abastecimento de água tornam-se mais suscetíveis à seca      Fica claro, então, que a persistência da crise hídrica no país é fruto da irregular distribuição de água nas regiões brasileiras e do baixo investimento em obras. Com o propósito de diminuir o problema, cabe o Ministério da Educação, em parceria com as escolas, acrescentar na disciplina de geografia um programa com a participação de um especialista em assuntos hídricos, a fim de ensinar os alunos a reutilizar a água e, por conseguinte, sensibilizar os pais sobre o uso correto desse bem hídrico. Ademais, o Governo Federal deve fiscalizar as obras de saneamento básico recorrendo a capacitação de profissionais da área, com a intenção de assegurar a gestão dos projetos para a manutenção e construção de mais obras no âmbito de abastecimento de água, com o propósito de fazer cumprir a Lei das Águas que entrou em vigor no ano de 1997. Só assim as riquezas descritas na carta enviada ao rei de Portugal em 1500 continuarão presentes no território brasileiro.