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Enviada em: 30/06/2018

Preservação hidrológica: Uma questão de responsabilidade social         Na carta de Pero Vaz de Caminha, escrita em 1500, cultivava-se a ideia de que os recursos naturais do Brasil eram infinitos. Entretanto, no período hodierno, sabe-se que as diversas intervenções humanas, aliadas ao ineficiente planejamento público voltado para o setor hídrico, resultam em episódios de seca e carência desse recurso vital para a sobrevivência coletiva. Nesse viés, deve-se conter o problema, a fim de garantir a disponibilidade desse mineral para as demais gerações futuras.          É relevante pontuar, de início, que as diversas ações antrópicas, como o desmatamento e a impermeabilização do solo, são as principais vilãs responsáveis por perenizar a escassez de chuvas no planeta. Isso acontece devido à interferência no ciclo da água, causando prejuízos para diversos territórios, em decorrência dos longos períodos de estiagem. Tal assertiva encontra-se consoante à visão de Hobbes, pois ele afirma que o ser humano pode ser considerado o lobo dele mesmo. Assim, torna-se necessária uma maior conscientização dos brasileiros quanto à esse impasse, visto que muitos desconhecem as consequências de suas próprias ações, em relação ao equilíbrio ecológico.          Outrossim, de acordo com o químico francês Lavoisier: "na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". Sob essa ótica, percebe-se que os recursos hídricos são inesgotáveis. Entretanto, o alto consumo e a defasagem, no que tange ao tratamento e distribuição de água pelas cidades, faz com que esse líquido se encontre, em grande quantidade, poluído e impróprio para a utilização cotidiana. Nesse viés, verifica-se que tais fatores perenizam a crise de energia vivenciada nas últimas décadas, posto que a matriz energética brasileira é constituída, predominantemente, por hidrelétricas que necessitam de água para suster seu funcionamento. Desse modo, torna-se indiscutível a elaboração de medidas, visando conter a perpetuação desse cenário.            Portanto, é inegável que tanto as ações individuais, quanto a desorganização estatal, propiciam o fenômeno da escassez hídrica no território brasileiro. Dessa forma, é imprescindível que a própria comunidade se una para combater a questão, criando um grupo nas redes sociais com o fito de engajar voluntários na realização de tarefas, como preservação de mananciais e redução no consumo diário, além de espalhar imagens e vídeos conscientizando sobre o cuidado ambiental, para preservar o ciclo da água. Ademais, cabe às Secretarias de Planejamento Urbano realizar a intensificação do tratamento de água e esgoto, visto que em muitos municípios essa tarefa não é eficaz. Isso deve ser acompanhado de um racionamento hídrico eficiente, com o fito de ampliar o acesso ao líquido a todos, mesmo que seja de forma moderada. Assim, poder-se-á aprender e combater, de fato, a poluição aquática no país.