Materiais:
Enviada em: 06/08/2018

O grande filme consagrado com Oscar, Mad Max, retrata um futuro distópico em um cenário apocalíptico, após uma guerra nuclear na terra. Desse modo, a água torna-se um recurso tão raro que poucos possuem acesso e os humanos sofrem com sua falta. Fora do meio cinematográfico, hodiernamente, a crise hídrica também é uma veracidade no país. Sendo assim, cabe questionar se há ações para atenuar essa realidade, bem como o porquê da utilização exacerbada do recurso por empresas agrícolas e a má administração por parte do governo .   A priori, o Brasil tem enfrentado a pior estiagem dos últimos anos. Em 2014, por exemplo, a região sudeste foi bastante afetada e os níveis de vários reservatórios chegaram em situação crítica. Todavia, a ocorrência dessa crise dá-se principalmente pelo desperdício e a utilização inadequada da agropecuária. Isso se comprova a partir de dados do ministério do Meio Ambiente, no qual agricultura utiliza a maior parte do recurso, 70% é destinado à irrigação. Além disso, destaca-se a ineficiência da gestão pública como outro impulsionador do problema, que não possui uma planejamento focado em soluções concretas para esse impasse. Esse aproveitamento incongruente do agronegócio em consonância com a inaptidão do Estado só acarreta esse cenário.   Por conseguir, consoante à afirmação do físico Isaac Newton que para toda ação existe uma reação, torna-se nítido, a comparação com os próprios agentes causadores que são afetados pela crise. Soma-se ainda como consequência, o fornecimento de energia elétrica com impactos na economia, visto que atividades pecuárias, agrícolas, energéticas e industriais requerem uma grande quantidade de água para o funcionamento de seus processos produtivos. Dessa forma, com a falta houve uma alta dos preços e uma ameaça de crise nesses setores. Ademais, muitas regiões sofreu com a paralisação do abastecimento e a população pagava um valor abusivo para o fornecimento de caminhões pipa.  Vê-se, portanto, diante de tais embates urge uma solução para a preservação desse recurso inestimável à vida humana. É imprescindível que o Ministério do Meio Ambiente, em parceria com o Ministério da Justiça, intensifique a fiscalização e aplicação de multas ao uso inapropriado e ao desperdício de água. Além do mais, cabe ao governo investir em infraestrutura de qualidade e planejada nos grandes reservatórios, também por intermédio de incentivos fiscais, beneficiar empresas e cidadãos que reduziram seu consumo. Por fim, deve conscientizar a população para o uso responsável, por meio de campanhas em meios midiáticos, palestras em escolas e ações sociais junto a sociedade. A junção dessas medidas garantirá o suprimento para as próximas gerações e o futuro distópico de Mad Max, não se torne realidade.