Materiais:
Enviada em: 04/09/2018

O livro Vidas Secas de Graciliano Ramos retrata a vida agreste de Fabiano, que é escasso de muitos direitos como a água, por razões ambientais e governamentais. Nota-se que tal fato está se tornando realidade no Brasil, apesar de possuir 12% da água potável do mundo, a má gestão dificulta a distribuição e corrobora o estigma da seca, o que se pode explicar por fatores como fontes energéticas e os meios de manejos desses recursos.  Em primeiro plano, 70% da matriz energética brasileira priorizaram as hidrelétricas, sendo fonte limpa e renovável, porém com grandes impactos ambientais, como alagamento de área florestal e dentre outros, na qual modifica o regime de chuva e clima. Desse modo, bacias hidrográficas diminuem o seu nível, o que pode prejudicar o abastecimento urbano, conforme aconteceu em São Paulo com Sistema Cantareira quando ouve a maior seca da região faltando água para toda população, evidenciando a fragilidade desse bem finito.  Deve-se abordar, ainda, que durante muitos anos a natureza foi vista como utilitária e economicista, acerca disso à agricultura usufrui 70% dos recursos hídricos, sendo responsável pela má administração, quando não reutiliza água, desrespeita limites de leis ambientais, optando lucros ao invés de colaborar com a sustentabilidade. Em razão disso, rios perdem seus potenciais, o que danifica o abastecimento de todas as esferas sociais.    Diante dessa problemática, consta-se que para minimizar o desequilíbrio hidrológico de maneira sustentável e harmoniosa, urge o esforço do Congresso Nacional para o aperfeiçoamento de leis voltadas à proteção da natureza, por meio de diálogo entre Legislativo Federal e Agricultura, mediante da reutilização da água, para diminuir o seu percentual usado. Nesse prisma, se faz necessário o Ministério de Desenvolvimento modificar a matriz energética, aderindo fontes como eólicas e solares, a fim de amenizar os impactos ambientais. Estima-se, que aumentam assim as chances de se alcançar um futuro pragmático, realmente legítimo e plural.