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Enviada em: 14/10/2018

Na obra ‘’Vidas secas’’, o modernista Graciliano Ramos retrata a vida penosa a qual grande parte dos nordestinos enfrenta, devido à escassez hídrica. De maneira análoga, o contexto hodierno configura-se altamente complacente à situação dos retirantes, já que o desperdício de H20 nas vias urbanas e, o avanço no agronegócio contribui para tal problemática. Nesse prisma, é fulcral articular caminhos proativos no corpo social, a fim de evitar novas vidas secas na contemporaneidade brasileira, bem como, conservar a biodiversidade que depende da água.  Pontua-se, de início, o intertexto com a filósofa Hannah Arendt, visto que em sua obra ‘’Eichmann em Jerusalém’’, ela desenvolve as banalidades do mal; termo que aponta a passividade das pessoas frentes aos impasses que assolam à sociedade. De fato, o pensamento dela reflete na conjuntura cotidiana brasileira, pois é de integridade comum que boa parte dos cidadãos utiliza a água de forma equivocada; deixa a torneira aberta ao lavar o carro, fica mais tempo que o necessário no banho. Por conseguinte, ao combinar tais ações com os fenômenos climáticos de seca, o caos social, portanto, se estabelece e, por isso, afeta, inclusive, o abastecimento de alimentos na urbe. Nesse âmbito, é substancial o papel dos meios comunicativos em apontar a necessidade da população readequar os seus hábitos.   Outrossim, vale inferir que o desenvolvimento econômico do país esta fortemente ligado ao imbróglio de escassez hídrica no Brasil. Isso se repercute ao analisar que o avanço no agronegócio utilizar um volume altíssimo de água nas suas atividades produtivas e, que quando condicionado a uma passividade governamental em impor regras quanto ao uso sustentável, acentua o tema em questão, infelizmente. Prova disso é que, segundo a UNESCO, o consumo de H20 ultrapassou o contingente populacional, a fim de adequar-se as demandas por alimentos- esses as quais muitas das vezes necessitam de uma grande quantidade de água para a sua fabricação. Logo, é imperioso propor medidas das quais conciliem o crescimento da pecuária com à preservação dos recursos ‘’fluidos’’.  Infere-se, portanto, a necessidade de mitigar tal contexto calamitoso no Brasil, com a intenção de garantir o lema ‘’Ordem e Progresso’’ na Nação. Para tanto, o Ministério da Educação, juntamente com as Secretarias Ambientais de cada município, deve introduzir nas escolas práticas sustentáveis do uso da h20, por meio de debates e palestras ministradas por agentes capacitados no assunto, aos pais e alunos, a fim de diminuir os comportamentos insustentáveis no dia a dia. Além disso, é dever do Poder Público e dos sindicatos—esses que prestam auxílio aos agricultores-impor, por meio de subsídios e assistências técnicas contínuas, projetos que diversifiquem a forma de utilizar à água. rural,exemprepresamento da h20 da chuva em grandes cilindros e da agricultura orgânica, técnica que reduz o número de inseticidas- grandes consumidores desse meio. Caso essas atitudes forem realizadas, irrefutavelmente, o fenômeno ‘’Vidas Secas’’ se ausentar-se-á no país.