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Enviada em: 13/03/2017

Segundo o sociólogo positivista Auguste Comte, o progresso tecnológico traria a prosperidade coletiva. Porém, a relação entre homem e meio ambiente mostrou-se cada vez mais desequilibrada ao longo desse processo, uma vez que não há limites na exploração dos recursos naturais, como a água, podendo, um dia, ser esgotada. Realidade que leva ao questionamento: aprenderemos com a atual crise hídrica? Ou futuramente haverá a falta dela?   Trata-se da falta de água doce, que corresponde a menos de 1% do total de água no planeta. O grande problema é a má gestão dela, ou seja, o consumo desenfreado na agricultura, pecuária, indústria e utilização doméstica. Na agricultura, por exemplo, gasta-se cerca de 70% da água doce, segundo o Fundo das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação. Ademais, há o desperdício nas irrigações mal executadas e falta de controle do agricultor na quantidade usada em lavouras. Na indústria têxtil, a fabricação de uma calça jeans consome 11 mil litros de água.   Cabe ainda pontuar sobre a má distribuição desse recurso no mundo. Segundo a ONU, 1,1 bilhão de pessoas vivem sem água de boa qualidade. Em alguns países da África, como o Sudão do sul e o Sudão, a falta de água foi um dos fatores que impulsionaram o conflito que matou milhões de pessoas em uma guerra civil. Atualmente, no território da Palestina, a população local é privada de ter acesso às fontes locais pelo próprio governo Israelense, sendo um dos fatores e elevam a instabilidade política no local. Se nenhuma medida for tomada, em menos de 50 anos já existirá evidentes consequências, não só no elevado preço em alimentos, como também possíveis conflitos mundiais.    Torna-se evidente, portanto, que o mundo deve se unir em prol da sobrevivência humana. A propagação de informações verídicas sobre a má utilização da água por campanhas de abrangência internacional junto às emissoras abertas de televisão, além disso, o dever do setor legislativo em criar projetos de leis que visam punir com multas para agricultores e moradores da região urbana que desperdiçam água. Tais medidas, aliadas ao comprometimento de escolas em promover palestras a respeito da importância da crise hídrica, contribuirão para um futuro melhor.