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Enviada em: 07/06/2017

A crise hídrica, embora seja uma realidade patente na vida de uma expressiva parcela da população mundial, atualmente, vem se tornando uma questão alarmante no Brasil. Nesse contexto, é importante ressaltar que grande parte desse problema é advindo não somente da falta de consciência do brasileiro sobre o seu uso e sua limitação, mas também da destinação predatória desse recurso para a indústria e agricultura é outro fator, o que leva a pensar se o brasileiro aprenderá com seu erro.       Cabe considerar, então, que a problemática da água mostra o histórico de ignorância para com esse bem e, posteriormente, de arrogância, haja vista que apesar de há tempos já se saber sobre a poten-cialidade limitada do planeta em relação à água adequada ao consumo, o que se vê é a manutenção do uso desmedido desse bem. São toneladas de esgotos jogados nos rios diariamente e pessoas que usam água potável para lavar calçadas ou cachorros ao mesmo tempo em que populações inteiras no Paquistão, por exemplo, constroem poções de dezenas de metros para sobreviver. O desperdício, assim, é a pura falta de bom senso. Quem tem em excesso age com descaso, quem não tem sub-existe. Então, medidas como o racionamento nas grandes cidades, o aumento de publicidade sobre a questão, mostrando o índice crescente de esgotamento e as consequências são primordiais. Prova disso é a crise hídrica vivida em São Paulo, em 2014, pois mostrou que em se tratando de falta de água toda a sociedade padece.      Ademais, o modo atual de progresso é um sistema falido. É muita água sustentando o modo capita-lista de produzir. Investe-se cada vez mais na produtividade agropecuária, abrindo áreas gigantescas para a pastagem de bois e monoculturas e desenvolvendo tecnologias para ir contra os limites naturais, como pode ser visto nas obras de irrigação em Israel. É muita água para produzir soja destinada à ali-mentação de porcos na China, assim como para manter a “Revolução Verde” que estraga uma infini-dade de alimentos todos os dias. Para se ter noção são necessários 2500 litros para produzir um quilo de arroz. Isso sem mencionar os ecossistema inutilizados devido à água usada para resfriar termonucleares, o despejo de resíduos químicos industriais responsáveis pela eutrofização dos rios.       É de suma importância, portanto, rever as bases da crise hídrica e contornar as circunstância antes do agravamento da situação. Para isso, a midialização da problemática, educando os indivíduos sobre o uso consciente, é o primeiro passo. Além disso, os governos devem promover uma legislação mais rí-gida sobre a produção excessiva de alimentos, visando à potencialização da distribuição de alimentos e à proibição de seu desperdício. Eles devem desenvolver melhores sistemas de tratamento de esgoto e punir empresas que poluem rios. Só assim, será possível zelar pelo bem mais precioso da humanidade.