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Enviada em: 19/09/2017

País de água e desperdício.           A água é um bem renovável que acompanha o ser humano desde os primórdios da sua evolução. Entretanto, nunca se desperdiçou tanta água quanto atualmente, promovendo a falta desse recurso em regiões reconhecidas pela sua abundância de recursos hídricos, como a bacia amazônica. A razão de tal precariedade baseia-se na falta de tratamento do esgoto, visando a reutilização da água, e também no desmatamento de regiões de mananciais, promovendo o desequilíbrio do ciclo hidrológico local.           Pesquisas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que 50% dos municípios brasileiros não possuem redes de tratamento de esgoto. Desse modo, toda a carga de poluentes produzido acaba contaminando rios e solos, e posteriormente, atinge o lençol freático. Prejudica-se assim, a agricultura, a indústria, e principalmente os moradores dessas cidades, que passam por períodos de escassez de água, ou até mesmo pelo consumo de água contaminada. Essa ingestão de água não tratada aumenta as taxas de contaminação de doenças da população, levando a um maior gasto com saúde, pelo governo, para o tratamento dessas pessoas. Por isso é necessário haver o tratamento de esgoto antes da sua liberação, evitando uma cadeia de problemas que atingem, inclusive, a  saúde das pessoas.           Outrossim, o desmatamento é motivo de preocupação quanto ao seu efeito irreversível no ciclo hidrológico. Pesquisas do IBGE mostram que enquanto a área desmatada da amazônia, no estado de Rondônia, aumentou 50% em 30 anos, o regime de chuvas que alimentam os rios do estado diminuiu em taxas proporcionais, provocando escassez de recursos e em muitas áreas, efeitos de desertificação. Logo, é necessária a visualização do problema como algo interligado à outras esferas, pois apenas combatendo o desmatamento, haverá água para o consumo.           Portanto, precisa-se que haja programas e incentivos na sociedade, visando a manutenção dos recursos hídricos de modo sustentável e racional. ONGs, associadas à população, devem pressionar o governo para o aumento das verbas concedidas na melhoria dos sistemas de tratamento de esgoto no país, para a diminuição da contaminação de rios e mananciais, evitando que mais problemas surjam a partir da água contaminada. Contudo, o poder legislativo, em comunhão com órgãos ambientais, precisa regulamentar e aumentar a rigidez de leis que visem a preservação ambiental, de tal modo que o desmatamento não incida, predominante, e acabe com os melhores recursos do país. Desse modo, haverá a preservação desse recurso tão abundante no país, que mesmo sendo de vital importância para a vida humana, não é devidamente valorizado.