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Enviada em: 29/08/2017

A partir de 1930, Getúlio Vargas iniciou o processo de industrialização brasileira. Logo, resultou em uma concentração populacional no Sudeste e uma alta demanda de água para o consumo. Tal demanda, sintetizada a uma carência de planejamento, estruturação e a expansão do crescimento urbano e agropecuário para as outras áreas nacionais, gerou graves consequências para o abastecimento hídrico do país, e, apesar do Brasil possuir a maior reserva continental de água, a crise hídrica é uma problemática enfrentada pelos brasileiros.      Desmatamento, poluição dos lençóis freáticos e a falta de práticas agropecuárias sustentáveis são apenas alguns dos problemas agravadores da crise hídrica, os quais são advindos da inerente sede humana por desenvolvimento. Tais problemas são constantemente retratados na mídia, por conseguinte, resulta em uma postura negligente da sociedade que já está acostumada com o pior e se sente impotente diante de um sistema econômico insustentável. Apenas no ano passado, segundo a IMAZON, o desmatamento da Amazônia -maior rio voador brasileiro- cresceu 215%, um valor preocupante que precisa ser controlado.       Ademais, é válido destacar que o desperdício como um percussor da falta d’água. O Brasil -segundo o ministério das cidades- desperdiça aproximadamente 37% da água disponível, o que mostra a alienação do brasileiro quanto ao problema enfrentado e a banalização referente as diversas informações recebidas nas campanhas anti-desperdício. Contudo, é notável que a maioria dos casos de desperdício vêm do vazamento de canos e outras atividades ligadas ao Estado. O cenário pessimista vivido hoje parece não influir na população uma revolta por melhorias, mas sim, uma resignação e aceitação passiva do problema, sendo necessária uma intervenção.     Portanto, fica claro que a crise hídrica é um problema atual, banalizado pela repetição de informações midiáticas e que precisa ser tratado com ações concretas de sustentabilidade. O Estado, através da tecnologia, deve mediar a criação de sites e aplicativos dinâmicos e atrativos de incentivo ao consumo consciente, a fim de estimular o interesse da população no assunto e reduzir o desperdício, além disso, o Estado, através de leis rígidas com consequências aos descumpridores, deve controlar o desmatamento da Amazônia, garantindo o ideal de sustentabilidade para as futuras gerações. A escola deve participar do processo de educação ambiental, através de debates e projetos, adaptando o assunto aos jovens. Tudo isso para que as futuras gerações vivam um cenário hídrico otimista, sem conformismo e sustentável.