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Enviada em: 07/09/2017

Do Japão ao Saara, a questão da conservação e distribuição da água preocupa especialistas. No Brasil, país que detém aproximadamente 10% das reservas hídricas do planeta, a situação não é diferente. Crises abalam desde comunidades rurais a grandes centros urbanos. Esse cenário, muito mais que consequência climática, se mostra como resultado dum sistema de gestão de água que carece de racionalidade e precaução.      O ser humano há anos está ciente de que explorações indevidas de recursos naturais resultam em alterações ambientais prejudiciais tanto ao ecossistema terrestre quanto a própria humanidade. Toma-se como exemplo no país a crise hídrica em São Paulo, 2014. O Sistema Cantareira, fonte de água da região, atingiu o chamado ‘volume morto’, ou seja, praticamente secou. A demanda por água acima dos limites que a reserva podia oferecer nos anos anteriores à crise foi uma das principais causas do esgotamento.      Nesse cenário, volta-se para a falta de precaução por parte do Estado em relação á utilização da água. Ainda no caso de 2014: o Cantareira não é o único reservatório de água existente na região. Contam-se vários rios que poderiam abastecer a população – isso se não estivessem totalmente poluídos por dejetos industriais. E eles não são os únicos: ao longo do país dezenas de rios, lagoas e córregos estão inutilizados devido à poluição. Segundo a ONU “A gestão da água impõe um equilíbrio entre a sua proteção e as necessidades econômica, sanitária e social.” No Brasil, não há esse equilíbrio.      Destarte, ainda que o Brasil seja rico em volume hídrico, a extração inadequada da água, aliada com a poluição, retificam a possibilidade do esgotamento do recurso no país. Nesse sentido, a reorganização dos sistemas de abastecimento é primordial, para isso anualmente devem ocorrer reuniões entre o Legislativo e a agência responsável pela gestão hídrica brasileira (ANA) com o intuito de elaborar e por em prática ações interventivas imediatas e de longo prazo. A população também deve estar envolvida na ‘Questão Água’, não se restringindo a receber campanhas de conscientização; por isso websites, FAQs online e aplicativos devem ser criados para que a sociedade civil possa se informar, opinar e contribuir com o correto manejo dos recursos hídricos.