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Enviada em: 30/09/2017

Preciosa       A Lei das Águas entrou em vigor no ano de 1997. Assim sendo, ela prediz que a administração dos recursos hídricos, com a participação do Poder Público e da população, deve proporcionar os inúmeros usos das águas. Todavia, no ano de 2014, o Brasil, sobretudo a região Sudeste, enfrentou uma forte seca que culminou em uma verdadeira crise de água no país, com o esvaziamento dos reservatórios de abastecimentos de grandes cidades. Em vista disso, é preciso entender suas causas, sejam elas naturais, sejam decorrentes da má gestão pública para solucionar o problema.     Em uma primeira análise, verifica-se que um dos motivos da crise hídrica é a questão geográfica. Isso em razão da distribuição ruim da água ao longo do território brasileiro, apesar do país possuir a maior reserva mundial de água. Segundo o Serviço Geológico do Brasil, somente 1% de toda a vazão do Rio Amazonas seria o bastante para atender em mil vezes o que precisa a cidade de São Paulo. Prova disso é a região Norte ter aproximadamente 70% da reserva brasileira de água doce. No entanto, exatamente no lugar que dispõe das menores reservas de água, vive a maioria da população e ocorre grande parte das atividades industrias e agrícolas. Assim, pequenas modificações na rotina, como usar a máquina de lavar para lavar a calçada, colaborariam na economia desse recurso.    De acordo com Einstein, temos o destino que merecemos e ele está de acordo com os nossos méritos. Seguindo esse pensamento, nota-se que o outro motivo se refere aos problemas administrativos. Isso porque as empresas que possuem a concessão dos serviços de saneamento básico não investem o previsto em infraestrutura, já que o problema da seca poderia ser evitado com a realização dessas obras. Em virtude disso, esses sistemas sofrem baixas históricas e, consequentemente, os governos adotam o racionamento ou o rodízio de água para enfrentar sua falta. Dessa maneira, os sistemas de abastecimento de água tornam-se mais suscetíveis à seca.     Fica evidente, portanto, que a persistência dessa atual crise hídrica no Brasil é resultado da irregular distribuição de águas nas regiões brasileiras e do baixo investimento em obras. Com o propósito de diminuir o problema, competem as escolas por meio de projetos escolares, a fim de ensinar a reutilização da água para fomentar os alunos a adquirirem consciência sobre o emprego correto desse bem hídrico. Ademais, cabe o Governo Federal fiscalizar as obras de saneamento básico recorrendo  a capacitação de profissionais da área, com a intenção de assegurar a gestão dos projetos para a manutenção e construção de mais obras no âmbito do abastecimento de água. Assim, continuaremos usufruindo sem problema desse precioso líquido.