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Enviada em: 30/10/2017

Na obra literária “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos, é perceptível o contínuo anseio pela sobrevivência humana, a fim de obter um direito universal inquestionável: a água. A escassez desse bem hídrico tornou-se um problema atemporal e aflige a sociedade contemporânea à medida que sua demanda e consumo aumentam. Assim, torna-se imprescindível alterar esse uso desregulado e combater a desigualdade na obtenção de tal recurso.   Em um primeiro plano, é válido expor que atual cenário comercial brasileiro está condicionado a lógica capitalista de busca por lucro e expansão econômica.Sob essa ótica, os recursos hídricos são utilizados de maneira predatória pelas empresas, agricultura e setores de energia. Logo, há uma maior necessidade de represar rios para fins energéticos ocasionando destruição ambiental, desperdício, extremas secas e alterações climáticas. Enquanto isso, indivíduos morrem todos os anos devido à escassez de água, aliada a fatores como fome, pobreza e falta de higiene.    Um dos piores efeitos dessa lógica progressista, está na formação de longas estiagens que castigam os principais reservatórios de água do país, como é o caso do Sistema Cantareira, no estado de São Paulo. Ademais, a região Nordeste já convive, há anos, com a ausência de abastecimento total desse fluido, vivem em estado de emergência com a seca. Essa realidade prova que as dificuldades climáticas, como o período de estiagem e a seca de rios, além do descaso político contribuíram para o alastramento dessa insuficiência hídrica.   São notáveis, portanto, as causas da escassez desse solvente universal. Assim, a mídia deve alertar e orientar ao público sobre o uso consciente. Em segundo lugar, cabe ao poder Executivo investir na criação de novas fontes de energia e tratar as águas de esgotos a fim de as indústrias as reutilizem de forma sustentável ,e assim, conter os gastos do consumo. Outrossim, o racionamento no Sudeste prevenirá a seca absoluta da água nesse período de crise. Já o Nordeste, que recebe esse tratamento e ainda sim, sofre com fatores sociais, o ato humanitário de transportar parte da água do aquífero Guarani seria a principal medida para promover a igualdade de distribuição da água, enquanto o poder público investe em pesquisas para driblar os fatores climáticos.