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Enviada em: 03/04/2018

Desde o Iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa a crise hídrica, no Brasil, hodiernamente, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não desejavelmente na prática no qual o mau uso da água persiste intrinsecamente ligada a realidade do país.       É indubitável que a ignorância e o deszelo estejam entre as principais causas do problema. Por acreditarmos que o Brasil possui um enorme potencial hídricos, não dá-se a importância ao fato de que nem toda a água é doce - e pode ser utilizada. Além da desinformação de que haveria um aumento de impostos ou o desvio de uma verba de um setor tão importante quanto a água para a construção de usinas hidrelétricas e outras obras hídricas e o impacto ambiental e social ao redor dessas como na atual transposição do Rio São Francisco.            Outrossim, destaca-se a ineficiência da gestão pública como impulsionador do problema. Já que uma das explicações mais plausíveis para a crise hídrica que atingiu o estado de São Paulo foram as falhas de planejamento e linhas de transmissão. Com isso, fica clara a má distribuição e falta de importância dada a água para os diferentes setores da sociedade. Cenário bem similar à região Nordeste e, o "favorecimento" hídrico para os grandes fazendeiros da região.       É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem ao melhor uso e distribuição hídricos. Destarte, o Estado deve garantir o real potencial hídrico revendo o planejamento das usinas, fiscalizando o uso inadequado da água nos latifúndios e indústrias - os maiores consumidores de água - e incentivando o uso de novas tecnologias que evitem o desperdício de água. Só assim, poderemos aprender algo com a crise hídrica a fim de que o tecido social se desprenda de certos tabus para que não viva a realidade das sombras, assim como na alegoria da caverna de Platão.