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Enviada em: 05/04/2018

O planeta Terra possui uma riqueza hídrica abundante, permitindo-lhe até receber a alcunha de planeta água, porém grande parte dos recursos hídricos não são biodisponíveis para consumo humano. Se levarmos em conta o percentual de água potável e o crescimento populacional, somado a isso o mau gerenciamento destes recursos estamos à beira de um colapso.          A água está presente em todas as nossas atividades diárias. Também é a protagonista na geração de energia elétrica. O Brasil detém um enorme percentual aquífero. Nossas bacias hidrográficas apresentam valioso potencial de geração de energia elétrica. A água, além de nos proporcionar a vida, também gera lucros. No entanto, ao longo dos anos instala-se um grave desequilíbrio ambiental com consequências desastrosas para a natureza e para seres humanos, onde estes possuem a maior parcela de culpa (senão a única), nos prejuízos do abastecimento hídrico. Apesar do Brasil apresentar quase um quinto dos recursos hídricos mundiais, as regiões brasileiras enfrentam variados graus de escassez de água, como aconteceu na região Sudeste em 2016, onde o sistema Cantareira trabalhou com seu "volume morto", fato inédito até então, ou como na região Nordeste que sofre, ano após ano, com a estiagem. O descontrole no gerenciamento dos recursos hídricos, principalmente o elevado consumo de água pela agricultura e indústrias, o crescimento populacional desordenado (que tem como características, o consumo desenfreado da água), a poluição dos leitos dos rios e o desmatamento são tipos de ações antrópicas cada vez mais acentuadas, presentes no mundo globalizado que nos leva a uma situação grave: a escassez deste precioso bem natural. Atualmente, vive-se sem pensar no amanhã, no planeta do futuro. Não estamos aprendendo com nossos erros. Dia após dia, o desperdício de água apresenta níveis alarmantes de crescimento, apesar das terras brasileiras possuírem cerca de 12% da água doce existente no mundo, nosso ouro líquido escorre através de torneiras, ralos e esgotos.              Sem água não viveríamos. Qual planeta vamos deixar para nossos filhos e netos? A responsabilidade do uso consciente das fontes hídricas é coletiva. O governo deve criar políticas de infraestrutura que possibilitem a reutilização da água e conservação das bacias hidrográficas. Investimentos na comunicação e educação da comunidade para o uso racional dos recursos hídricos. E, por fim, cada indivíduo deve assumir a consciência cidadã de que a água não é um bem inesgotável, se não houver o consumo racional em cada domicílio, vai faltar. Madre Teresa de Calcutá disse que o que fazemos é uma gota no oceano, mas que sem ela o oceano será menor. Mesmo fazendo o mínimo, cada boa ação de preservação ambiental é uma gotinha no oceano do desenvolvimento sustentável.