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Enviada em: 07/06/2018

A mata atlântica pode ser considerada como um negro que nasceu em alguma favela no Brasil, visto que ela é explorada desde o século XVI basicamente por se encontra na área de maior adensamento populacional e por estar no caminho do lucro das grandes elites. O desmatamento abre o caminho para os solos férteis e para os grandes campos de construção assim como a exploração do pobre marginalizado abre caminho para outras fontes de lucro como o tráfico de drogas, algo que atesta que há agentes bem demarcados que exploram todas as riquezas do país.    Desse modo, cabe ressaltar o entendimento de Caio Prado Júnior sobre a formação do Brasil. Esse historiador defendia que desde a colônia havia um projeto claro e que iria se perpetuar caso o povo não se voltasse contra esse cenário. Essa demarcação previa a nação brasileira como um lugar subserviente, isto é, um eterno exportador de gêneros agrícolas, algo que assusta a partir do momento que essa ideia é confrontada com a visão de Darcy Ribeiro sobre a elite brasileira, que por conta de todo o processo desigual da colonização é dotada de uma perversidade descomunal. Com isso, é possível analisar que a sede de expansão não cessará e que vários meios como a própria imprensa serão utilizados para manter o lucro de certos coronéis contemporâneos.    Por outro lado, a organização de jovens em torno dessa causa é algo que abre espaço para reflexões acerca do uso consciente de produtos industrializados e da preservação da natureza. Essas ações se dão por meio da corrente vegana que se aflorou no país nesse século e luta pela interrupção da exploração dos recursos naturais da maneira que isso está estabelecido. Contudo, por conta da própria pressão midiática que repele tudo que ameaça o estado das coisas, essas pessoas são taxadas como radicais, inconsequentes e até utópicas, um uso equivocado do termo ''utopia'' que fora título de um livro do filósofo Thomas More, pensador que trazia essa palavra como negação de lugar, algo que dá um brilho especial à luta vegana que nega um mundo sem cor.    Urge, portanto, que o Governo Federal através do Ministério do Meio Ambiente e do Ministério da Educação trace um plano de estudos com o intuito de prover aos estudantes da rede pública um senso crítico na área de ecologia e sustentabilidade através de palestrar com biólogos pagos com recursos do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação. Dessa forma, um futuro sustentável virá para a mata atlântica.