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Enviada em: 08/06/2018

Apesar de ser um dos países com maior cobertura vegetal no mundo, o Brasil, lamentavelmente, possui apenas 7% de toda a vegetação já vista na Mata Atlântica. Tal fato, não implica somente no próprio desaparecimento do bioma, como também, no risco de extinção de várias espécies de animais e plantas exclusivamente presentes no local. Desse modo, para que sejam criadas alternativas para combater a constante perda do bioma, faz-se necessário o reconhecimento das principais causas que estejam contribuindo para tal problemática.   A exploração dos recursos naturais da Mata Atlântica foi o principal fator que deu início a drástica redução da vegetação e, nos dias atuais, ainda representa um problema a ser enfrentado. Isso se evidencia, inicialmente, com a chegada dos portugueses no litoral brasileiro, que com o processo de colonização abateu cerca de 2 milhões de pau-brasil para serem levados para a Europa. Atualmente, a Mata Atlântica ainda é vítima de uma intensa exploração madeireira, em grande parte ilegal, inclusive em áreas protegidas por lei, como as Áreas de Preservação Permanente (APP) e a Reserva Legal (LG). Tal fato mostra que, embora haja lei, a fiscalização ainda é fraca, sendo necessário, portanto, uma melhoria em tal situação.   Ademais, a falta de sustentabilidade nas atividades econômicas também propicia o desaparecimento da Mata Atlântica. Visto que, no processo de expansão urbana e industrialização brasileira não houve planejamento das áreas ocupadas e uma grande parte da vegetação deu lugar a prédios, indústrias e fazendas de gado. Não é à toa então, que os maiores centros urbanos do país se encontram em grande parte no Sul e Sudeste, locais que possuíam muitas áreas do bioma. Dessa forma, enquanto o pensamento do homem estiver ligado somente ao lucro, a Mata Atlântica definitivamente poderá de existir.   Torna-se evidente, portanto, que medidas precisam ser criadas para reverter tal situação. Em razão disso, o Ministério do Meio Ambiente em parceria com os estados deve melhorar o processo de fiscalização nas áreas de preservação, através de instalações de câmeras nas rodovias que dão acesso à locais com maior índice de exploração ilegal, além da criação de multas para quem for visto cometendo tal ato. Além disso, o governo deve investir ativamente nos estados que possuem áreas que foram degradadas pelo processo de industrialização, direcionando os recursos à medidas de reflorestamento através do plantio das árvores típicas do bioma. Espera-se, desse modo, que algum dia a Mata Atlântica possa estar tão presente como centenas de anos atrás.