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Enviada em: 09/06/2018

Segundo Émile Durkheim, a sociedade funciona como um organismo biológico. A partir disso, interpreta-se que se uma célula (indivíduo) for afetada, todo o organismo (sociedade) poderá sofrer consequências, e é exatamente essa a situação enfrentada pelo Brasil e por outros países que abrangem a Mata Atlântica. O desaparecimento desse bioma pode gerar diversas consequências para a população, tanto para as pessoas que dependem diretamente dele, quanto para as que pensam que não terão suas vidas afetadas caso ele desapareça totalmente.    É indubitável, de fato, que a maioria das pessoas ainda não são conscientes sobre a dependência do ser humano em relação à natureza. Apesar de explorarem seus recursos diariamente, elas têm a convicção de que conseguem sobreviver sem eles e de que as diversas consequências negativas para o meio ambiente não irão lhes afetar. Esse modo de pensar, praticado no Brasil desde a época da colonização, com a exploração do Pau-Brasil e das monoculturas de café e cana-de-açúcar, foi responsável pela destruição da maior parte da cobertura original da Mata Atlântica. Com isso, as pessoas que dependem de recursos hídricos próximos à Mata e de alimentos, por exemplo, são totalmente afetadas, já que esse bioma é responsável pela manutenção de algumas das maiores bacias hidrográficas do país e oferece grande variedade de alimentos para a população, o que pode afetar também a economia.      Ademais, diversas espécies animais sofrem o risco de extinção devido à destruição de seus habitats naturais. Uma alternativa encontrada por alguns animais é fugir para as cidades, onde eles serão considerados invasores e perigosos e, com isso, serão mortos pela ignorância humana. Essa destruição do meio natural pode fazer com que doenças como a febre amarela, antes presente somente em florestas, passe a ser comum nas cidades, já que o ser humano foi se aproximando cada vez mais desses ambientes. Dessa forma, as pessoas que se consideram independentes desse bioma acabam sofrendo também com as consequências da sua destruição.      Diante do exposto, torna-se inevitável a criação de alternativas para combater o desaparecimento da Mata Atlântica. Primeiramente, cabe ao Ministério do Meio Ambiente colocar mais em prática a Lei da Mata Atlântica, aumentando a fiscalização de desmatamentos e exploração econômica desse bioma. Concomitantemente, deve-se criar projetos nas escolas e na comunidade, com o apoio dos governantes e da população para que esse assunto seja debatido e, dessa forma, seja exposta a importância da preservação da natureza para a nossa sobrevivência, conscientizando as pessoas de que se uma célula (natureza) for afetada, todo o organismo (sociedade) sofrerá com as consequências.