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Enviada em: 09/06/2018

SOS Mata Atlântica       O fotógrafo brasileiro, Sebastião Salgado, retrata em suas fotografias, muitas vezes, paisagens, animais e biodiversidades, como na famosa mostra "Amazônia". Ele, porém, não se limita ao registro de imagens, procura também através de seu instituto, o Instituto Terra, auxiliar no reflorestamento da Mata Atlântica. Esta, de inegável valor biodiversidades, encontra-se devastada, com resquícios de sua formação original. As iniciativas, como o Instituto da família Salgado, demonstra a possibilidade de recuperação desta floresta, porém há no Brasil uma falta de responsabilização social dessa problemática.       No contexto histórico brasileiro, o contínuo e o progressivo processo de reprodução do capital não só alterou as estruturas produtivas, seja na agricultura ou na indústria, mas também culminou uma exacerbada degradação ambiental, sendo a Mata Atlântica, a mais afetada. Da cultura do café, no século XIX, às indústrias, da década de 1930, e, por fim, aos grandes complexos industriais e agropecuários atuais, a área da Mata Atlântica só diminuiu. Os benefícios a esses meios reprodutivos sempre foram vastos - os lucros -, já seus custos, como recompensação ambiental, nulos. Dessa forma, não há uma troca justa do capital frente à sociedade e ao meio ambiente. Em vista disso, o meio privado, dominador dos recursos disponíveis no contexto atual, deve ser o responsável por implantar soluções à floresta tropical brasileira. Tal fato decorre não só do poder da moeda ao seu favor, mas também como uma atribuição histórica.       A falta de um compromisso entre o capitalismo e o meio ambiente provocou impactos no Brasil. Segundo a Fundação SOS Mata Atlântica, a floresta tropical encontra-se 94% desmatada. Ela, outrora ocupante de grande parte da região Sul, Sudeste e litorânea brasileira; hoje, encontra-se com pequenos focos isolados de florestas originais. É inerente, assim, o papel da iniciativa privada - responsável pelas mudanças - mas cabe ao Estado o papel de cobrá-la.        A Mata Atlântica, portanto, por séculos foi devastada a favor da reprodução do capital. Hoje, com apenas 6% de sua formação original, depende da ação fiscalizadora estatal e também do papel de responsabilidade social dos meios produtivos. No intuito de solucionar esta problemática, o Estado deve assumir o seu papel, com a criação de uma lei. Nesta, as indústrias e os complexos agrários devem reflorestar e recompensar os danos causados às florestas. Do outro lado, a sociedade deve-se conscientizar da importância da Mata Atlântica, através de saraus organizados por alunos do Ensino Médio no Brasil. Assim, cada cidadão pode ter seu papel no "SOS" à Mata Atlântica.