Materiais:
Enviada em: 10/06/2018

A sociedade é dependente de uma crítica às suas próprias tradições. O pensamento do sociólogo alemão Jürgen Habermas traduz a constante reinvenção da razão para que, por intermédio da comunicação entre indivíduos, velhas construções sociais sejam rompidas. Por esse viés, no cenário brasileiro, compreende-se a necessidade de debater alternativas de combate ao desaparecimento da Mata Atlântica, uma vez que tal bioma é imprescindível à manutenção da vida. Diante do exposto, é mister tratar dos seus principais fatores e possíveis medidas relacionados à questão.                   Mormente, ao discorrer-se acerca da importância da Mata Atlântica a partir da historiografia brasileira, depreende-se a perpetuação do patrimonialismo oriundo da formação cultural desse país. Dito isso, para o entendimento de tal termo, recorre-se ao pensamento do historiador Sérgio Buarque de Holanda, o qual defende: "a contribuição brasileira para a civilização será o homem cordial". Essa concepção aborda a negação da distinção intrínseca entre as esferas pública e privada que se confundem no âmbito político. Desse modo, lamentavelmente, enquanto houver o predomínio do desmatamento e da extração exacerbada de recursos da fauna e da flora em detrimento de pautas políticas que visem à sua preservação, haverá dias lúgubres — a hodierna herança de uma colônia de exploração portuguesa.                Concomitante ao debate histórico, a construção do orçamento federal jorra problemas no que concerne à aplicação das receitas. Ademais, a concentração demasiada de privilégios a bel-prazer dos parlamentares destoa o objetivo fundamental da administração pública, a qual deve pautar por garantir os direitos assegurados pela Constituição de 1988. No entanto, o que se percebe é o desrespeito constante ao seu artigo 225, o qual estabelece, em um dos seus incisos, a preservação do meio ambiente no intuito de promover o equilíbrio ecológico, a sua utilização pela comunidade como também salvaguardá-lo às futuras gerações. Posto isso, tristemente, só se observará mudanças fecundas nessa nação quando investimentos forem realizados em áreas de abrangência social —  saúde, segurança e, sobretudo, meio ambiente e educação.                    A Mata Atlântica clama, portanto, medidas mais efetivas para sobreviver. Destarte, o Governo, nas figuras dos Ministérios da Educação e Meio Ambiente, deve investir em projetos e campanhas por meio palestras de conscientização sobre o papel da participação ativa do cidadão na política, bem como, fornecer cursos de educação ambiental, com o apoio da comunidade e das entidades no que diz respeito ao zelo e à obediência ao Código Ambiental. Espera-se, com isso, que a sociedade dirima os seus principais conflitos como assinala Habermas. mas