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Enviada em: 17/07/2018

É indubitável que o desaparecimento da Mata Atlântica é um dos principais problemas que acometem o país na atualidade. De acordo com dados da Folha da Uol, mais de 90% desse bioma em território brasileiro encontra-se degradado. Diante disso, torna-se evidente a urgência de medidas político-administrativas direcionadas à resolução dessa adversidade, enraizada historicamente no Brasil, e que tem atingido patamares ainda mais preocupantes devido ações legislativas realizadas pela Bancada Ruralista.       Desde 1500, com a chegada dos portugueses ao Novo Mundo, o litoral brasileiro, que abriga quase a totalidade da Mata Atlântica, foi, paulatinamente, degradado com a instalação de monoculturas açucareiras e cafeeiras de grandes latifundiários da elite nacional. No século passado, com a passagem do país de um Estado agroexportador para industrializado, grandes metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro foram expandidas na faixa leste do Brasil, o que intensificou, ainda mais, o desmatamento desse tipo de vegetação. Destarte, o desaparecimento da Mata Atlântica é um problema que perdura por séculos em nossa história, o que justifica a impreterível necessidade do Governo de realizar medidas interventivas nessas regiões, com o intuito de preservar esse bioma que corre sérios riscos de extinção.       Como se isso não bastasse, outro fator substancial para o agravamento do problema é a reforma do Novo Código Florestal realizada pela Bancada Ruralista, que consiste na anistia da obrigação de reflorestar e pagar multas para quem desmatou ilegalmente ecossistemas nacionais. Formou-se, assim, um sentimento de impunidade por parte do infrator e, por conseguinte, a taxa de degradação da Mata Atlântica sofreu uma ascensão preocupante nos últimos anos. O grande responsável para isso é a não inserção da sociedade em questões legislativas que abordam temas ecológicos no país, facilitando, assim, movimentos da mencionada bancada direcionados ao favorecimento de grandes latifundiários em detrimento do meio ambiente brasileiro.       Logo, faz-se necessário que o Governo Federal, por meio do estabelecimento de fiscalizações rigorosas e frequentes em ambientes legalmente preservados, impeça o avanço do desmatamento da Mata Atlântica, para que, dessa maneira, seja evitado de maneira eficiente o desaparecimento desse bioma. Por fim, é importante que o Ministério do Meio Ambiente, por intermédio da entrega de panfletos em locais de grande contingente populacional, reafirme à sociedade a importância da manutenção da biodiversidade nacional e cientifique aquela sobre como órgãos legislativos estão criando caminhos para extingui-la, para que, dessa maneira, o povo vá de encontro com a sanção dessas leis.