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Enviada em: 13/06/2018

O iminente desaparecimento da mata atlântica é um dos grandes dramas ambientais vivido pelo Brasil nas últimas décadas. Com mais de 90% de sua extensão original, os esforços para preservação e recuperação são fundamentais para a contenção do problema. O risco do agravamento do desequilíbrio ambiental causado pela ação do homem já é percebido pela extinção de espécies e desastres causados pelas chuvas e secas.      Esse desequilíbrio vem sendo causado desde os primórdios da colonização, com a exploração predatória do pau-brasil, árvore que dá nome ao país e que quase foi extinta de seu habitat natural. Ela e outras madeiras exploradas na região levaram consigo outras espécies animais e vegetais, cujo equilíbrio dependia delas. O desmatamento em larga descala para a agricultura e pecuária assoreou rios e acelerou a morte da floresta.       Apesar disso, algumas iniciativas - como o SOS Mata Atlântica e a Conexão Mata Atlântica -  tem se mostrado atuantes em projetos de recuperação da floresta, nascentes e reintrodução de espécies de animais e plantas à região. Já pela iniciativa pública, um grande avanço foi a instituição do Cadastro Ambiental Rural (CAR), que por meio da tecnologia possibilita o monitoramento e a fiscalização das áreas de preservação permanente em áreas de produção agropecuária. O CAR, porém, ainda que obrigatório, ainda demanda estruturação nas unidades da federação que se dizem incapazes de fiscalizá-lo em função da indisponibilidade de recursos e quadro de pessoal qualificado para esse fim.      Assim, propõe-se que a formação de um convênio pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) com organizações não governamentais (ONG)  as secretarias estaduais. Nele, as ONG capacitariam os gestores públicos locais e proveriam reforço de mão de obra especializada para avaliação e desenvolvimento de planos multidisciplinares de recuperação da mata e promoção de economia sustentável, com o preparo de empreendedores engajados com o meio ambiente. Dessa forma, seria possível recuperar e proteger a mata atlântica, revertendo sua depredação centenária.