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Enviada em: 18/06/2018

A bandeira brasileira deixa saudades de cor verde e amarela. O amarelo, simboliza as riquezas, e o verde, as matas. As riquezas foram deixadas na história, no ciclo do ouro. E o verde, já não é mais tão verde. O Brasil, país de ricas florestas, perdeu e perde cada dia mais sua fauna e flora. Inúmeros biomas, como o cerrado, são destruídos. Mas, principalmente, a Mata Atlântica, que hoje consta com apenas 19,9% de sua extensão inicial e que, diante da falta de atuação nacional na questão ambiental e a má gestão do setor, caminha para o desaparecimento.     Durante séculos da história brasileira a questão ambiental foi posta a parte, o que acarretou na destruição de várias áreas florestais, afetou a fauna e a flora e, principalmente, destruiu biomas. A Mata Atlântica que, a priori, se estendia territorialmente da porção sul até nordeste do país, se iniciou com a extração do pau-brasil ainda na era pré-colonial, e preponderou até a história contemporânea, como com o ciclo cafeeiro, que destruiu matas no sudeste, com a industrialização, e com a urbanização. Logo, dado tamanho enraizamento da destruição de matas tropicais na história brasileira, nem mesmo a Revolução Verde, e o amplo conhecimento sobre a importância do Desenvolvimento Sustentável e Recuperação Florestal, foram capazes de atribuir protagonismo a questão ambiental para política, cultura e sociedade brasileira.    Evidentemente, a recuperação de áreas florestais é uma preocupação não só nacional, mas mundial. O Brasil possui uma das mais modernas legislações ambientais do globo, e consta com instrumentos legais como o CAR, que delimita, por exemplo, Áreas de Proteção Permanente, as APP's. Entretanto, há inúmeros entraves financeiros e problemas de gestão no setor ambiental dos estados, fato inacreditável diante da enorme carga tributária e arrecadação brasileira, o que mostra, mais uma vez, a má gestão de impostos, má aplicação de leis e distribuição de verbas que, muitas vezes, sequer chegam ao destino final sem desvios políticos.    Em suma, diante do dispositivo legal brasileiro que é, na teoria, muito eficiente, mas que entrava com uma má gestão, é necessário que essa teoria seja posta em prática. O Ministério do Meio Ambiente, em conjunto com os Governos Estaduais, deve criar concursos públicos e programas de qualificação, que aumentem a quantidade e a qualidade de pessoal do setor ambiental, respectivamente, dinamizando-o e tornando-o mais atuante . Além disso, o Poder Legislativo deve estudar e votar um Ato Adicional na Legislação Ambiental, que trate também da questão financeira, delimitando verbas coerentes aos estados, e o seu destino e aplicação no setor ambiental dos mesmos. Com isso, haverá um combate em prática contra o desaparecimento da Mata Atlântica.