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Enviada em: 17/06/2018

"Minha Terra tem palmeiras, onde canta o Sabiá; As aves que aqui gorjeiam, não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, nossas várzeas têm mais flores, nossos bosques têm mais vida, nossa vida mais amores." Envolvidos por um sentimento nacionalista, esses versos de Gonçalves Dias exaltam a beleza brasileira. Apesar de ser um dos poemas mais declamados no país, parece que as atitudes pessoais não correspondem à altura da grandiosidade revelada pela "Canção do exílio". Tal fato pode ser ilustrado pela degradação da Mata Atlântica, a qual é devastada como consequência dos erros sociopolíticos que precisam ser analisados.     É válido observar, antes de tudo, o histórico de ocupação desse bioma brasileiro e as problemáticas envolvidas nesse processo. Essa análise pode ser iniciada a partir da ocupação de toda a faixa litorânea, marcando o início de uma intensa degradação florestal. Apesar de séculos passados desde o primeiro projeto colonizador, políticas ambientalistas eficazes não foram implementadas. Dessa forma, a lógica dos antigos ciclos econômicos brasileiros continuam sendo reproduzidos, agora com a figuração da devastadora urbanização.     Cabe apontar, nesse contexto, a falta de informação da sociedade como um dos motores do desaparecimento da Mata Atlântica. Essa condição é responsável pelo comodismo social em relação a não mobilização do governo no que se refere a preservação ambiental. Diante desse impasse, a criação do conceito de "hotspots" - o qual classifica os biomas mais devastados do mundo - foi fundamental para dar início à formação de um pensamento social mais preservacionista, uma vez que enquadra a Mata Atlântica na lista de devastação. Informando, assim, a população sobre a importância da biodiversidade dessa região para o Pindorama.      Fica evidente, portanto, que a falta de implementação de ações políticas e a falta de informação social são os principais fatores da devastação da Mata Atlântica. Logo, para minimizar essa problemática, medidas devem ser adotadas a fim de complementar as já existentes. Para tanto, a população deve ser informada por instituições de preservação ambiental através de conceitos, como o de "hotspots", que explorem o desmatamento da região, por meio de coletas de dados, por exemplo. A fim de que, assim, a sociedade esteja pronta a unir esforços com ONGs, como o Greenpeace, na busca pela mobilização do Governo a favor do combate à devastação de parte do Brasil, tão exaltado pela literatura nacional.