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Enviada em: 18/06/2018

Brás Cubas, autor-defunto da obra "Memórias Póstumas" de Machado de Assis disse que, não teve filhos e não transmitiu a nenhuma criatura o legado da nossa miséria. Quiçá, ele estivesse acertado a sua decisão, afinal, é incabível que em um país evidenciado por abranger um bioma opimo de biodiversidade haja com desdém diante desse recurso natural responsável pela manutenção de serviços ecológicos do Brasil. Com isso, a problemática persiste intrinsecamente desde a formação sociocultural da nação brasileira e permanece enraizada na época atual, seja pela ineficácia estatal de leis de proteção ambiental, seja pela falta de mentalização por parte da população.   Mormente, é preciso sobrelevar que, os entraves que concerne à preservação da mata atlântica, sobrevém pelo processo de exploração que o território brasileiro sofreu, tendo em vista que, os díspares ciclos econômicos, tais como, o do ouro, da cana-de-açúcar e do café, devastaram enormes áreas florestais. Por conseguinte, a conversão de áreas para atividades agropastoris e o alígero processo de industrialização e urbanização legaram à sociedade porções ínfimas da floresta. Não obstante, é possível depreender que, hodiernamente essa problemática persiste, em virtude do modo de produção industrial, haja vista que, o que tange o crescimento econômico do país, advém da retirada dos recursos naturais como fonte de reprodução, e essa extração, na maioria das vezes não é recomposta devidamente, persuadindo a depreensão de que, o aumento desfreado e ilegal da retirada desses patrimônios para fins industriais, podem atingir limites irreversíveis, colocando em risco, todo o ser existente.  Convém mencionar que, consoante o raciocínio de Rosseau, a natureza tem um papel fundamental na essência humana, logo, destruir-lá, nada mais é do que deteriorar a si mesmo, dessarte, as consequências da degradação da mata atlântica podem levar a extinção de espécies de animais e vegetais, causando oscilação no ecossistema, e contribuindo com o aumento da poluição – oriunda, sobretudo, das queimadas –  contribuindo com o mor desequilíbrio climático.  Diante dos fatos supracitados, o esforço coletivo é nevrálgico. Portanto, é impreterível que, o Estado reforce e incentive o Pacto Florestal que tem como objetivo o aceleramento da preservação e recuperação dessa seara através do reflorestamento, bem como, a intensificação da fiscalização dessas regiões para a restrição de créditos para infratores das leis ambientais. Ademais, a população, previamente orientada por campanhas públicas e por eventos culturais, contribuirá para a mitigação do desmatamento. Outrossim, as escolas precisam promover debates e seminários acerca do tema, a fim de consolidar valores morais e éticos para atenuar o desflorestamento nesta geração e nas futuras.