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Enviada em: 15/07/2018

O livro "O Cortiço" de Aluísio de Azevedo, retrata a forma mais realista e naturalista da sociedade no século XIX, onde ainda se perdura na sociedade atual. O personagem principal enriquece pelo trabalho escravo e não se considera digno até conseguir um status melhor entre a população. Esses são dois empecilhos na valorização da qualidade moral de um indivíduo, o que se torna necessário uma maior fiscalização e um aprofundamento na educação base.       Durante o período pré-colonial do Brasil, é visto como o racismo anda ao lado da exploração da mão de obra. Os escravos trazidos da África através das grandes navegações, além de serem transportados em más qualidades, ficavam encarregados de trabalharem nos engenhos de forma desumana. Tal ideal se tornou intrínseco nos grandes proprietários atuais que visam um maior lucro. Portanto, a fiscalização no setor trabalhístico de todas as empresas pelo Ministério do Trabalho juntamente com órgãos de segurança, se torna uma medida para assegurar os Direitos dos Trabalhadores assim como para a dignidade humana.       Ademais, como pontuado pela antropóloga Ruth Benedict, o ser humano possui uma lente através da qual vê o mundo, atribuindo seus valores éticos e morais. Dessa forma, empregos que não requerem um esforço intelectual são menosprezados por um relativismo cultural, concedendo-lhes valores menores e status pejorativos. Assim sendo, deve-se haver uma melhoraria na educação pública, para que aquelas pessoas vulneráveis não se submetam a qualquer trabalho para a sobrevivência. Além disso, trabalhar as várias profissões durante o ensino, contribuíra para um sentimento de empatia e consequentemente em um cidadão ético.       Logo, para que o slogan do Governo Federal "Brasil, um país de todos" deixe de ser utópico, os órgãos públicos como o Ministério do Trabalho, a polícia federal e educadores, tomem a responsabilidade de mover o problema inercial da sociedade, adquirindo valores reconhecidos para todas as pessoas nas diversas profissões, construindo um mundo que não seja ignorante.