Materiais:
Enviada em: 26/07/2018

As belas matas e florestas do litoral mencionadas por Pero Vaz de Caminha em sua carta para o rei de Portugal, logo após a colonização do Brasil, e que viriam a ser fonte de inspiração para os autores do romantismo, séculos depois, está fadada ao desaparecimento. A mata atlântica sofre redução drástica nos últimos anos, fruto de um histórico devastador de exploração da vegetação aliado ao atual cenário de expansão agropecuário no país.       É necessário observar, primeiramente, a exploração predatória e perdulária dos recursos naturais e florestais sempre fez parte da história do homem. No Brasil, os diversos “ciclos” econômicos, tais como o do ouro, o da cana-de-açúcar, o do café, devastaram enormes áreas florestais. Nesse sentido, foram 500 anos ininterruptos de ocupação sem a menor preocupação ambiental que levaram a Mata Atlântica a sua quase extinção total. Os motivos e contextos são variados, mas nunca se devastou tanto quanto no período da expansão cafeeira do século XIX, para a produção do ouro negro, e na época do regime militar, para a construção de centros industrias, a exemplo de Cubatão. Ademais, outro fator recente que corrobora para o atual cenário é a expansão agropecuária crescente no Brasil. Nesse sentido, o título de maior exportador de soja e de carne do mundo tem seu preço para a fauna e flora brasileiras que acabam por perder milhares de hectares todos os anos para o plantio de monoculturas e para a criação de gado. Como resultado desse processo recente e do histórico explorador, restam apenas 8,5% da vegetação original no país, segundo dados da ONG S.O.S Mata Atlântica.       Nesse ínterim, portanto, medidas são necessárias para reverter o quadro de destruição de um dos biomas mais ameaçados do mundo. Cabe ao Legislativo, por meio do Congresso Nacional, na reformulação das leis ambientais, com enrijecimento das multas e penas para as o desmatamento em áreas de vegetação. Somado a isso, é papel do Governo, por meio do Ministério do Meio Ambiente e das Forças Armadas, em interromper o avanço da agropecuária, por meio da fiscalização e da aplicação severa das leis, garantindo assim a preservação da fauna e da flora. Sob tal perspectiva, poder-se-á interromper o processo de desaparecimento da Mata Atlântica.