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Enviada em: 30/07/2018

Sob a perspectiva filosófica de Mário Sérgio Cortella, o ser humano não é proprietário do planeta, é apenas um usuário compartilhante. No entanto, percebe-se que o desaparecimento da mata atlântica precisa ser combatido, uma vez que este é um problema que permanece intimamente ligado à realidade do país. A respeito disso, torna-se evidente o desmatamento em nome do progresso, bem como a negligência das autoridades diante da situação. Com efeito, visando ao enfrentamento do problema, faz-se necessário um debate entre sociedade e Estado acerca das alternativas para o combate ao desaparecimento da mata atlântica. Em primeira análise, é importante sinalizar que, em nome do progresso, a mata atlântica vem sendo dizimada ao longo dos anos. Isso se deve, sobretudo, ao desmatamento motivado pelo agronegócio, que substitui as florestas nativas por grandes latifúndios voltados à agropecuária e à agricultura. Em consequência disso, verifica-se a diminuição da biodiversidade da região, bem como o empobrecimento do solo, facilitando a desertificação a longo prazo. Outrossim, é válido salientar que o poder público não dá a devida importância ao problema, uma vez que os índices de desmatamento não param de crescer. Sob esse viés, o ecologista Al Gore, em seu documentário "Uma Verdade Inconveniente", destaca a importância da sociedade nos problemas climáticos decorrentes, em grande parte, do desmatamento de matas nativas. Dessa forma, observa-se que a negligência das autoridades é reflexo da falta de consciência da população em relação às consequências decorrentes do desaparecimento da mata atlântica. Infere-se, portanto, que é imprescindível que atitudes sejam tomadas para que o problema seja resolvido. Para que isso ocorra, os estados devem conceder benefícios fiscais às empresas engajadas com o meio ambiente por meio de metas de reflorestamento, a fim de diminuir os impactos ambientais causados pelo agronegócio, haja vista que é possível chegar ao progresso por meio do desenvolvimento sustentável. Além disso, o Ministério do Meio Ambiente, em parceira com o IBAMA, deve realizar políticas públicas de conscientização por intermédio de debates em escolas e comunidades, com o objetivo de tornar a população mais consciente do problema, pois a qualidade de vida das gerações futuras depende das ações realizadas pela sociedade atual. A partir dessas ações, espera-se promover a recuperação da mata atlântica no País, de forma que uma sociedade mais integrada com o meio ambiente seja alcançada.