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Enviada em: 31/08/2018

A mata atlântica é um bioma brasileiro que abriga uma diversidade exuberante de fauna e de flora, além de ser reconhecida internacionalmente como fundamental para o equilíbrio ecológico e assegurada pela Constituição de 88 como patrimônio nacional. No entanto, ações antrópicas, como o desmatamento e a poluição, estão colocando em risco a existência desse bioma. Logo, para que essa situação seja devidamente combatida, o Estado precisa institucionalizar práticas sustentáveis e oferecer educação acerca da importância da preservação ambiental para a sociedade civil.              Nesse sentido, apesar de reconhecer a necessidade de proteger a mata atlântica, a Constituição de 88 não está sendo suficientemente eficaz para preserva-la, isso é, mesmo com a afirmação constitucional, milhares de hectares de floresta somem anualmente por conta da má utilização dos recursos naturais.  A pecuária e a agricultura são fatores consideráveis para se pensar esse desmatamento, pois utilizam técnicas rudimentares, como as queimadas e a monocultura, que contribuem com a destruição do bioma. Porém, técnicas modernas, como os sistemas agroflorestais, já são comprovadamente eficientes e produtivos, associando a agricultura com a silvicultura de espécies nativas, faltando apenas uma oficialização do Estado no sentido de garantir a hegemonia de tais práticas sustentáveis.                     Além disso, cabe ressaltar que a população civil também é responsável pela preservação da mata atlântica, podendo atuar na fiscalização e na cobrança por políticas públicas que visem tal fim. Entretanto, devido à localização predominantemente litorânea do bioma atlântico coincidir com uma área de intensa ocupação histórica, a destruição da natureza para construção urbana foi naturalizada. Dessa forma, cidades como São Paulo, que foi construída em detrimento de uma extensa rede hidrográfica,  tem na sua intensa ocupação a justificativa para o desmatamento. Portanto, evidencia-se a necessidade de se educar a população no sentido da urbanização sustentável.               Sendo assim, a mata atlântica está em risco e tanto o Estado como a sociedade podem contribuir para sua preservação. Logo, cabe ao Ministério do Meio Ambiente promover políticas com fim de desenvolver e implementar técnicas sustentáveis, como a agroflorestal, na ''práxis'' oficial. Também, o Ministério da Educação deve oferecer, nas escolas e centros comunitários, palestras e aulas acerca da importância de se preservar os bioma, especialmente a mata atlântica. Dessa forma, a natureza e a sociedade poderão encontrar um equilíbrio ecológico propicio para o desenvolvimento sustentável do país.