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Enviada em: 01/10/2018

O fruto da exploração desmedida    A Mata Atlântica é considerada, pela UNESCO, como reserva da biosfera, sendo fundamental para o equilíbrio ecológico. Porém, no Brasil contemporâneo, a existência de tal bioma está em risco, caracterizando um desafio que deve ser combatido pela sociedade. Desse modo, ações antrópicas, como o desmatamento e o crescimento desordenado das cidades litorâneas dificultam esse combate.    De acordo com a Fundação SOS Mata Atlântica, houve um aumento de 57,7% no desmatamento da floresta em 2017. Isso ocorre, primordialmente, devido ao modelo capitalista do agronegócio, que executa queimadas, conversão da floresta em pastagens e limpeza de áreas onde o entorno apresenta forte atividade de plantações. Nesse contexto, a diversidade exuberante de fauna e flora, no local, é gravemente ameaçada.    Ademais, a Mata Atlântica está presente na costa brasileira, onde realizou-se desordenado crescimento populacional. Tal fato é oriundo da falta de planejamento urbano dessa região, que absorveu exorbitante quantidade de pessoas oriundas, principalmente, do processo de êxodo rural. Consequentemente, essa expansão não acompanhou o fornecimento de infraestrutura de qualidade para a população e preservação do meio natural.    Torna-se evidente, portanto, que a exploração desmedida da Mata Atlântica é uma problemática fortemente presente na história brasileira e necessita de métodos para conservação. Nessa conjuntura, o governo, através do Poder Judiciário, deve criar uma força tarefa que utilize instrumentos modernos para otimizar a fiscalização da Lei Mata Atlântica, que estabelece regras para o uso. Além disso, é imprescindível que os Municípios criem políticas de preservação e reparação da floresta. Assim, será possível que tal bioma permaneça vivo, fornecendo um santuário vegetal, animal e mineral.