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Enviada em: 04/04/2019

O desmatamento exacerbado está presente no Brasil desde o período colonial, quando se iniciaram as atividades de exploração predatória da madeira, causando danos ambientais irreversíveis além da extinção de inúmeras espécies endêmicas da fauna e da flora brasileira. A Mata Atlântica, o bioma mais rico em biodiversidade do país, é também o mais devastado e ameaçado. Apesar da criação de áreas de preservação, como o Parque Estadual da Serra do Mar, e da Lei da Mata Atlântica, aprovada em 2006, o bioma ainda corre risco de desaparecimento.         O avanço da urbanização é visto como uma das principais causas da destruição ambiental do bioma. O aumento das cidades aliado ao processo de industrialização tiveram, e ainda têm, como grandes consequências  o desmatamento, a emissão de toneladas de gases tóxicos na atmosfera e o descarte de produtos químicos e dejetos em rios e solos. Atualmente, a maior ameça ao bioma é a expansão do agronegócio, responsável por expressiva parcela do PIB. O desmatamento para criação de gados e para plantações de soja e cana-de-açúcar é corriqueiro e amplamente defendido pela bancada ruralista, frente parlamentar que exerce forte influência no Congresso Nacional.     Estima-se que restam apenas cerca de 12% da mata original, fato extremamente preocupante devido à enorme importância do bioma nas questões ecológicas e sociais do país. A Mata Atlântica é responsável desde a purificação do ar e a regulação do clima e da pluviosidade, até o desencadeamento de surtos de doenças como malária, febre amarela e dengue, ocasionados pela cadeia alimentar desequilibrada de um bioma devastado por ações antrópicas.    Portanto, fica claro, dessa forma, que é imprescindível a busca por alternativas para o combate ao desmatamento e para preservação da Mata Atlântica. Cabe ao Governo Federal a disponibilização de mais verbas para o financiamento de fiscalizações regulares e eficientes, além da criação de projetos para a preservação do bioma e o incentivo ao reflorestamento.