Materiais:
Enviada em: 07/04/2019

A Mata Atlântica é reconhecida como um patrimônio nacional pela constituição brasileira e reserva da Biosfera pela UNESCO, representando, um dos ecossistemas mais biodiversos. Contudo, vem sendo constantemente devastada e na iminência de uma extinção. Sem dúvida, a ação antrópica foi fundamental nesse contexto, seja pela exploração predatória, seja pela negligência nas políticas ambientais e de fiscalização.        Primeiramente, é preciso apontar que a exploração predatória do bioma Mata Atlântica assumiu proporções alarmantes. A cobertura vegetal que antes perfazia 15% do território, atualmente, responde por apenas 8,5%, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Tal fato, foi resultado de uma exploração mineral e madeireira, da urbanização e do processo de transformação da vegetação original em área agrícola, ações realizadas de forma desenfreadas e insustentáveis. Vale ressaltar, que a importância desse ecossistema para a manutenção das espécies, meio ambiente e sobrevivência do homem é indiscutível. Victor Hugo, disse uma vez que é triste pensar que a natureza fala e o gênero humano não ouve, hoje ele estaria atônito com tamanha negligência.        De outro lado, a problemática é contribuída através de políticas ambientais de proteção e fiscalização carentes e negligenciadas. Segundo a Fundação SOS Mata Atlântica, em 2018, 125 km foram desmatados, número que preocupa para uma área devastada em mais de 90%. Esse fato é produto de uma falha nas fiscalizações, de flexibilizações na lei e ações punitivas amenas. Além disso, uma política ambiental centralizada na conservação, preservação e restauração do bioma é incipiente, e deste modo, alimenta o problema cada vez mais.         Nessa perspectiva, são necessárias ações em diversos prismas para a resolução da problemática. Cabe ao Ministério do Meio Ambiente, instaurar uma fiscalização rigorosa em relação ao desmatamento e atividades ilegais, assim como, intensificar nas penalizações. Além disso, deve-se estabelecer práticas sustentáveis e ações de recuperação, como o reflorestamento. Ainda, junto a ONGs e Fundações, desenvolver ações educativas ambientais, centralizadas na preservação do patrimônio. Finalmente, cabe ao governo em suas três esferas, massificar campanhas de combate a devastação do bioma e mostrar sua importância para a sobrevivência humana.