Materiais:
Enviada em: 07/04/2019

"Para a ganância, toda a natureza é insuficiente". Essa frase de Sêneca retrata o atual dilema que o Brasil vive. A mata atlântica, considerada como uma reserva da biosfera pela UNESCO e um Patrimônio nacional pela Constituição Federal de 1988, vem sofrendo pela intensa ação humana e, consequentemente, corre risco de desaparecimento.              Antes de mais nada, é indispensável entender que esse problema vem de um longo processo histórico, que teve início no período pré-­colonial brasileiro. O Brasil, por ter sido uma colônia de exploração, teve inúmeros de seus recursos naturais retirados de forma irregular e errônea. Como exemplo, temos exploração do Pau-Brasil, árvore nativa que foi quase levada a extinção por comerciantes portugueses.       Além disso, o Brasil sofre uma espécie de "crise" quando se trata de política pública ambiental. A Floresta da Tijuca, localizada no Rio de Janeiro, é a quarta maior área verde urbana do país, e foi por ordem de Dom Pedro II que a área foi reflorestada. Convém lembrar que nenhum presidente do Brasil jamais ordenou o refloretamento de regiões devastadas, e que atualmente, de acordo com a ONG Conservação Internacional, a mata atlântica cobre apenas 8% de sua área original e é a quinta floresta mais ameaçada do mundo. Dessa forma é perceptível que o número de ações governamentais que visam soluções para o desmatamento são insuficentes.       Aliado a tudo isso, ainda existe a questão da urbanização. De acordo com a ONG WWF ("World Wide Fund for Nature") estatística apontam que mais de setenta por cento da população brasileira vive na região da mata atlântica e que cerca de oitenta por cento do PIB nacional se concentra nesta área que era florestal. Esses dados são estimulados por incentivos fiscais com intuito de atrair capital privado para investimentos, em especial de pólos industriais e de ativdades agropecuárias.       Portanto, medidas precisam ser tomadas para evitar a extinção da mata atlântica. Para tais fins, a mídia deve utilizar de seu poder como agente comunicador para concientizar a população sobre esse problema, atraves de propagandas educativas sobre a importância dessa floresta para o país, para que os cidadãos pressionem seus governantes, fazendo com que estes tomam medidas adequadas. O governo por sua vez, mais especificamente o Poder Executivo, deve tornar mais rígido a fiscalização de áreas ambientais protegidas, além de executar projetos de reflorestamentos, assim diminunido o alaramente quadro de desmatamento que cresce a cada dia. Somente assim será possível recuperar uma importante parte do Brasil.