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Enviada em: 09/04/2019

A colonização portuguesa deu início a exploração do território brasileiro através da extração do pau-Brasil e posterior plantio de cana de açúcar no litoral, área coberta pela Mata Atlântica. Embora o país tenha conseguido sua independência, atualmente, a preocupação com questões ambientais remetem a origem do desmatamento e negligência do poder instaurado. Dessa maneira, a integração da sociedade e do Estado, assim como o estímulo à educação ambiental podem ser alternativas de combate ao desaparecimento desse bioma, importante reserva tropical.   Nesse contexto, é necessário analisar que o poder público aliado a população formam fatores imprescindíveis para a proteção dos remanescentes da Mata Atlântica. Isso se dá, entre outras razões, pela criação e manutenção de unidades de conservação, instauradas pelo antigo Ministério do Meio Ambiente e espalhados pelo litoral do país, tendo como exemplo o Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro. Dessa maneira, o respeito da sociedade aos locais delimitados com o auxílio administrativo do governo de promover o controle e a fiscalização dessas áreas, impede que esses locais percam sua biodiversidade restante.    Além disso, é importante que o conhecimento sobre o meio ambiente seja estimulado através da educação. Nesse sentido, é notório que o entendimento sobre questões ambientais pode desconstruir ideias precipitadas sobre o mito da abundância de reservas naturais no Brasil, principalmente de que a biodiversidade da fauna e da flora continuarão a existir mesmo com o desmatamento constante. Assim, a ideia de Nelson Mandela se faz presente, a qual defende que a educação é a arma mais poderosa para mudar o mundo, uma vez que, nesse caso, os ensinamentos sobre as relações ecológicas podem modificar de forma gradual o pensamento enraizado na cultura do país.   Infere-se, portanto, que a ação coletiva e o ensino sobre questões ecológicas são capazes de modificar o atual panorama de negligência com as florestas tropicais. É imprescindível a atuação da própria sociedade na cobrança de fiscalização e controle das reservas de conservação pelo poder público, através da  participação de manifestações e debates em grupos, com o objetivo de assegurar a existência da mata atlântica. Ademais, o governo federal pode modificar a grade curricular, ao adicionar uma matéria sobre o estudo do meio ambiente como um todo, por meio da reunião com especialistas em biologia e geografia, para que a população desmistifique a abundância da floresta atlântica e possa evitar outro processo de colonização, mas dessa vez, pelo povo brasileiro dentro do próprio território.