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Enviada em: 10/07/2019

No filme intitulado "Wall-E", é retratado um futuro distópico em que a humanidade deixou o planeta terra e passou a habitar em uma gigantesca nave. O motivo é que a terra se tornou inabitável e robôs são enviados para procurar vegetação. Fora da ficção, é fato que a realidade apresentada por "Wall-E" pode ser relacionada ao mundo do século XXI: gradativamente, o Brasil está chegando cada vez mais próximo da distopia supracitada, fato é que segundo dados da Fundação SOS Mata Atlântica, restam apenas 8,5% da vegetação original do bioma, ou seja, é notório os crescentes índices de desflorestamento. Dessa forma, urge que medidas sejam tomadas para minimizar o quadro atual e evitar as previsões feitas em "Wall-E".   Em primeiro lugar, é importante destacar que, um dos maiores problemas enfrentados na preservação da Mata Atlântica é a intensa exploração feita sem nenhuma fiscalização por órgãos federais. Segundo dados da Fundação SOS Mata Atlântica, o desmatamento cresceu 57,7% apenas no intervalo entre 2015 e 2016. Nesse sentido, alinhado a pouca fiscalização, é inegável o fato da participação do Estado no que se refere a preservação desse bioma.   Por conseguinte, presencia-se as consequências desse desflorestamento: alterações nos ciclos da água, destruição da fauna e flora, ameaça de extinção de muitos animais, além da perda de inúmeros recursos. Para o filósofo Zygmunt Bauman, a lógica hipercapitalista subverteu o sentimento empático, o que causou, por consequência, menos afeto nas relações sociais. Se continuar nesse ritmo de desmatamento, às próximos gerações irão sofrer as consequências danosas da não preservação ambiental, o que mostra a atual falta de empatia em relação às gerações futuras.    Portanto, é mister que o Estado tome providências para amenizar o quadro atual. Em primeiro lugar é necessário que haja uma conscientização das elites governantes e da população. A sociedade precisa sair da passividade e tomar atitudes. Essa conscientização poderá ser feita pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) através de palestras nas escolas, propagandas nas mídias sociais e em canais televisivos, mostrando os danos causados pela falta de preservação ambiental. Paralelamente, concerne que o Ministério do Meio Ambiente, vigie as áreas de desmatamento, por meio do aumento de fiscalização nas áreas de maior ocorrência de crimes ambientes, protegendo a Mata Atlântica da ação antrópica destrutiva. Além dessas ações, é necessário replantar o Brasil, a ciência mostra todas as condições para que seja feito. Por fim, a distopia "Wall-E" permanecerá somente como ficção.