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Enviada em: 23/04/2018

Em produções cinematográficas como "Marley e Eu" e ''Garfield", personagens emocionantes e divertidos abordam o amor e o cuidado que os seres humanos devem ter para com os animais de estimação. No entanto, na realidade, muitos cães e gatos são tratados como mercadoria e, em canis ilegais, sofrem diversos tipos de maus tratos ao serem explorados por esse mercado cruel que vende e abandona seres sencientes como se fossem objetos inanimados. Com isso, é necessário debater sobre esse problema para encontrar alternativas para combatê-lo.    A princípio, convém ressaltar que, assim como denunciado e combatido pelo Instituto Luísa Mell, que descobre canis clandestinos e resgata animais, muitos proprietários geralmente submetem cães adultos de raça definida a condições precárias de vida; trancafiados em jaulas minúsculas, sem alimentação adequada ou suficiente e ainda sendo obrigados a procriar sempre que possível. Consequentemente, muitos dos chamados matrizes, ou seja, os que são mantidos em cativeiro apenas para procriação, não resistem a tal crueldade e, nas raras vezes em que não falecem, esses adoecem e são abandonados.    Contudo, essa situação está longe de ser resolvida. Isso porque, no sistema capitalista de mercado, é necessária uma demanda para que um produto seja vendido e, infelizmente, no Brasil, muitas pessoas preferem fomentar esse mercado criminoso e cruel a adotar. Essa triste realidade chocou os organizadores de um evento de adoção de cães e gatos do Rio de Janeiro em que, segundo as ONGs envolvidas, muitas pessoas se retiraram do local ao saber que os bichos não tinham raça definida. Assim, vê-se que para muitas pessoas o afeto precisar ter raça e pedigree, uma concepção anti-ética que precisa ser desconstruída.        Nesse contexto, alternativas são necessárias para combater tais imbróglios. Dessa forma, o Ministério do Meio Ambiente deve, em parceria com as ONGs, promover, por meio da internet, a formação de grupos de voluntários que fiscalizem canis para que, se em desacordo com as leis de proteção da fauna, esses sejam fechados pela Polícia Militar e as vítimas resgatadas. Ademais, é preciso que a Ancine, em parceria com institutos de adoção, produza um documentário sobre a crueldade por trás da venda de bichos de estimação e sobre a importância e a nobreza da adoção, sendo esse reproduzido gratuitamente em escolas e em comunidades para fins conscientizadores e educativos, pois a ética, assim como a tolerância para a escritora Helen Keller, também pode ser resultado da educação.