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Enviada em: 24/05/2018

Em busca do estabelecimento de relações horizontais       A domesticação de algumas espécies de animais, como o gato e o cachorro, foi intensificada pelo aparecimento de cidades e vilas, na transição entre os períodos históricos Paleolítico e Neolítico. Entretanto, a relação dos homens com os animais, tal como com a natureza, nem sempre é harmonica, por consequência da imaturidade do homem em estabelecer um contato horizontal com os outros integrantes do meio. Sendo assim, para reprimir o abuso dos animais, é imprescindível o endurecimento das leis e da opinião pública sobre o assunto.       Dado o exposto, faz-se necessário esclarecer, que a inabilidade do homem em estabelecer um convívio saudável com o meio e as outras espécies, deriva de sua mentalidade antropocentrista, que surgiu com as civilizações grego-romanas e foi retomado durante o Renascimento cultural da Europa ocidental. Portanto, ao estabelecer o homem como medida de todas as coisas, os animais são rebaixados a formas de vida subalternas e desprovidas de individualidade. Logo, se tornou comum e moralmente aceitável, que sofram violência por ter um comportamento natural mas que não satisfaz os desejos do homem, como latir em momentos julgados como impróprios - no caso dos cães.       Portanto, no intuito de eliminar a a problemática da violência contra os animais, é necessário que os instrumentos de socialização e coerção social - leis, opinião coletiva, etc - interajam para estabelecer um novo fato social, em que tal comportamento é reprovável. Pois, a lei de 1998, atualmente em vigor, estabelece uma pena irrisória de 3 meses a 1 ano de prisão, somado ao pagamento de uma multa. Mas, é visível que a mesma não possui o efeito ideal, o que clama pelo endurecimento das leis, opiniões públicas e demais agentes que compõem o fato social idealizado por Durkheim.       Em conclusão, para que os homem consigam estabelecer relações horizontais e isentas de violência com os animais, medidas devem ser postas em ação. Portanto, o Poder Legislativo deve, através de debates e votações, estabelecer uma pena de até 10 anos de prisão para quem comete variados graus de maltratos aos animais, no intuito de reprimir os agressores a curto prazo. Outra medida, é a inclusão, pelo Ministério da Educação, por meio da base curricular comum, de aulas de respeito aos animais como parte integrante da disciplina na Biologia, no ensino médio, com a finalidade de estimulas o bom convívio entre espécies a longo prazo.